Legião Mirim já contrata maiores de idade

Muitos motoristas já perceberam mudança ao estacionar seus veículos na região central da cidade. As cartelas de estacionamento rotativo que antes eram vendidas por jovens e adolescentes do projeto de estacionamento rotativo, a zona azul, estão sendo comercializadas, em alguns pontos, por pessoas de mais idade e, até mesmo, por pais de família. Em atendimento à decisão judicial proferida recentemente pela Justiça do Trabalho de Presidente Prudente, a Legião Mirim iniciou a demissão dos jovens aprendizes e já está contratando funcionários de maior idade. "Infelizmente, teremos que demitir todos os menores até o final do mês que vem. Teremos uma despesa muito grande", salientou o presidente da Legião Mirim de Tupã, João José Pinto. Para manter os trabalhos em Tupã, a entidade terá que reduzir o número de funcionários. A estimativa é de que o quadro de colaboradores seja reduzido em cerca de 34%, passando de 90 para 60 funcionários. Segundo João José, a decisão pode até ser revertida no Tribunal de Justiça de São Paulo, mas até que isso aconteça a entidade pode ser penalizada com multa. "Fatalmente, vamos ter que desligar esses jovens", afirmou. A Legião Mirim já contratou cerca de 25 maiores para trabalhar na venda de cartelas, sendo que cerca de cinco funcionários já trabalharam no projeto quando eram menores de idade. "Está dando certo mas sentimos pelos jovens que serão desligados. Isso é muito triste. O objetivo da zona azul é inserir o jovem no mercado de trabalho", lamentou. O salário pago aos trabalhadores será o mesmo repassado aos jovens aprendizes, referente a um salário mínimo calculado pelas horas trabalhadas. De acordo com o presidente da entidade, o que irá impactar a folha de pagamento será o recolhimento mensal do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). "O recolhimento dos menores era de no mínimo 2%. Agora, esse recolhimento será de 8%", salientou.