Nos últimos dias, diversas árvores foram eliminadas, em vários pontos da cidade. As plantas foram suprimidas por ação de particulares ou da prefeitura. Não se sabe o motivo, uma vez que, aparentemente, estavam sadias.
Pelo que se sabe, em nenhum caso houve acordo no sentido de se fazer o replantio, no caso de plantas que realmente precisavam ser cortadas. O mais estranho é que, em alguns casos, isso aconteceu em sequência, ou seja, todas estavam condenadas.
No caso dos cortes de diversos exemplares na Rua Bororós, ao lado do TTC, e na Rua Olípio Ferreira Nascimento, no Tupã Mirim, próximo da Coplap, pode-se argumentar que as espécies eram da espécie "Ficus benjamina", que possuem raízes muito agressivas.
A questão é se serão plantadas, pelo menos, o mesmo número de árvores e no mesmo local. Foram extraídas cerca de 10 árvores. Ninguém se manifestou sobre o assunto, nem o MP que cuida do meio ambiente.
Houve corte de árvores ainda na Rua México e na Rua Guaianazes, que eram da espécie oitis, que não causam problemas e aparentemente estavam sadias.
No caso das árvores da Rua México, as mesmas foram retiradas com autorização da prefeitura. Já as da Rua Botocudos também tinham, mas o projeto original previa a instalação de estacionamento para clientes na frente do prédio, o que não foi feito. As vagas foram construídas apenas ao lado, na Rua Guaianazes.
Acontece que se as vagas fossem criadas na Rua Botocudos, os carros ficariam estacionados em cima da calçada, porque o recuo do prédio tem cerca de 3 metros e qualquer carro tem pelo menos 4 metros de comprimento. A prefeitura estava dando autorização para que o dono do prédio passasse por cima do Código de Trânsito.
Nesse caso da Botocudos consta que existe um processo judicial, movido pela Promotoria do Meio Ambiente.
No caso dos oitis da Rua México, talvez a alegação tenha sido de que as árvores estivessem causando danos no passeio público e no muro da casa, mas nas fotos é possível ver que a calçada está lisa, e o muro não tem rachaduras. O real motivo, segundo ficou apurado, foi o moralismo dos vizinhos e do proprietário, pois alguns veículos paravam à noite debaixo das árvores, com casais apaixonados.
No total, foram cortadas cerca de 30 árvores, que demoraram muitos anos para se desenvolverem. A sugestão é que seja determinado o replantio no mesmo local, com severa pena se as mudas não forem bem cuidadas, para o seu pleno desenvolvimento.
Redação Diário de Tupã
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