Ailton Basílio é preso e encaminhado à cadeia de Lutécia
30/09/2017 Autor do crime que chocou população não confessou o crime durante interrogatório
Na noite desta sexta-feira (29), após um mês foragido, Ailton Basílio, localizado e preso em Teresópolis, no Rio de Janeiro, foi ouvido na cidade de Quintana e encaminhado à cadeia de Lutécia. Ailton, foi preso pela Polícia Militar do Rio de Janeiro pelo assassinato da bancária Débora Goulart.
A equipe da DIG de Tupã chegou em Teresópolis na noite da última quinta-feira (28). A equipe, que contou com a presença da delegada Milena Davoli, responsável pelo caso, conduziu Ailton até a cidade de Quintana, onde foi ouvido e, posteriormente, encaminhado à Lutécia, onde ficará à disposição da justiça.
"É o fechar das cortinas de um trabalho da polícia civil. Um crime hediondo, com requintes de crueldade que chocou toda a nossa população assim como da região. A cobrança era incessante em cima da Polícia Civil, com respeito a localização do autor do crime", relatou o delegado Luís Antônio Hauy.
Segundo o delegado, desde a prática do crime foram iniciadas as investigações, onde a polícia, a todo momento, tentou monitorar os passos de Ailton. Posteriormente, com o surgimento do veículo abandonado na cidade de Maringá, as provas foram indicando o caminho percorrido pelo principal suspeito do assassinato.
Equipes da Polícia Civil seguiu para Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, realizou o levantamento das provas, localizando o autor no estado do Rio de Janeiro. Ailton foi preso em uma pousada, e, com ele foram encontrados R$ 24.000,00 em dinheiro.
"Ailton, com direito constitucional dele, ele se manifestou em permanecer calado e só falará em juízo. Durante o interrogatório ele não confessou o crime", informou Hauy.
Ainda de acordo com o delegado, mesmo sem a confissão do autor em Quintana, existem outras provas que comprovam a autoria e já o incriminam.
A delegada Milena Davoli ressaltou o tempo que o Ailton teve para a fuga, contando com 15 horas entre a execução do crime e a localização do corpo.
"Toda a movimentação do Ailton pelo estado do Paraná aconteceu entre o momento do crime até o meio dia do dia seguinte, horário que ele pegou um voo para o Rio de Janeiro. O crime aconteceu no dia 21 de agosto, no dia 22 no exato momento em que nós estávamos na casa da vítima fazendo a perícia, ele estava voando para o Rio de Janeiro. Ele teve bastante tempo, estava bem a nossa frente", relatou Milena.
Segundo a delegada, no momento da prisão de Ailton, efetuada no quarto da pousada onde estava hospedado, o autor não esboçou nenhuma reação e disse que quando bateram na porta do quarto já imaginava que era a polícia. Ailton se comportou de maneira tranquila, colaborando com tudo que foi necessário, e foi apresentado na Delegacia de Teresópolis, onde a equipe de Tupã o buscou, levando 12 horas para chegar em Quintana.
Durante o trajeto, a delegada relatou que houve conversa com o autor, onde ele relatou fatos sobre o crime, mas diante do interrogatório formal, na presença de seu advogado preferiu se manifestar apenas em juízo.
Durante toda investigação a Polícia Civil esteve sob extrema pressão da população, que cobrava a localização e prisão do autor, pedindo por justiça.
Ailton foi interrogado na cidade de Quintana na noite desta sexta-feira (29)Equipe policial de Tupã na cidade de Teresópolis/RJAilton foi preso em uma pousada no Rio de Janeiro