Em 14 municípios atendidos pelo EDA (Escritório de Defesa Agropecuária) de Tupã, cerca de 332 mil bovinos e bubalinos, de mamando a caducando, deverão ser vacinados contra a febre aftosa, entre os dias 1º a 30 de novembro.
O diretor do EDA de Tupã, José de Barros Vieira, explicou que antes de aplicar a vacina nos animais, o produtor rural deverá seguir diversas exigências solicitadas pelo órgão estadual. "É necessário confirmar o recebimento de gado no Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal), confirmar as GTAs, regularizar o cadastro da propriedade e dos animais, adquirir vacinas em lojas especializadas e autorizadas para o comércio, transportar as doses em caixa isotérmica (isopor) com gelo suficiente, usar seringa automática devidamente higienizada, aplicar de acordo com o recomentado pelo fabricante, efetuar a atividade nas primeiras horas do dia para evitar estresse térmico, conduzindo o gado com calma, não usando ferrões nem choques", destacou.
O diretor observou que a multa ao produtor que deixar de vacinar o rebanho no período determinado, é de cinco Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) por cabeça, o equivalente a R$ 125,35. "A multa é de três Ufesps (R$ 75,21), por cabeça, por deixar de comunicar a vacinação no prazo determinado, que encerra-se no dia 7 de dezembro de 2017", explicou.
Vieira destacou que a vacinação contra a febre aftosa ocorre paralelamente à vacinação contra a brucelose. "Nessa campanha deverão ser vacinadas, obrigatoriamente, somente as fêmeas de 3 a 8 meses de idade. As multas e prazos são os mesmos da vacinação contra a febre aftosa", ressaltou.
Vale lembrar que o último caso de febre aftosa registrado no Estado de São Paulo ocorreu no ano de 1996, ou seja, há 21 anos.
O EDA de Tupã atende os municípios de Arco-Íris, Bastos, Herculândia, Iacri, Inúbia Paulista, Lucélia, Osvaldo Cruz, Parapuã, Pracinha, Queiroz, Rinópolis, Sagres, Salmourão e Tupã.
Programa
O Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa visa a manutenção do Estado como área livre de febre aftosa, através da realização de diversas atividades: vacinação obrigatória de bovinos e bubalinos, vigilância em propriedades rurais, georreferenciamento de fazendas, realização de inquéritos soroepidemiológicos, controle do trânsito, manutenção de sistema eficaz de vigilância epidemiológica, treinamento e capacitação do corpo técnico para atuação em emergências sanitárias, e estímulo à participação comunitária na defesa sanitária animal.
Proteção
Para que os animais vacinados sejam realmente protegidos contra a febre aftosa, é essencial que as vacinas sejam adquiridas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária; que sejam mantidas refrigeradas (entre 2 e 8 °C) nas revendas, no transporte até a propriedade rural e durante a aplicação.
Redação Diário de Tupã