Mais um julgamento está previsto para este segundo semestre em Tupã. Dois homens estarão frente à frente com o conselho de sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Tupã, no próximo dia 6 de novembro, uma segunda-feira.
A sessão foi convocada pelo juíz Fábio José Vasconcelos, da Vara Criminal da Comarca. Assim, no próximo dia 6, a partir das 9 horas, estarão sentados no banco dos réus Carlos Vinícius da Silva, vulgo "Neguinho", e Jeferson Ferreira dos Santos, vulgo "Farpado", acusados de matar a vítima Eduardo Aguiar de Souza. O crime ocorreu no dia 18 de outubro de 2012, na região central de Tupã.
Segundo o inquérito policial, naquele dia, por volta das 22h30 min, na Rua Mandaguaris, esquina com a Rua Tupinambaranas, Carlos "Neguinho" e Jeferson "Farpado" mataram de forma cruel Eduardo de Souza.
Acontece que, no dia dos fatos, Eduardo foi abordado por policiais militares, logo após Carlos "Neguinho" ter cruzado com ele em uma rua. Assim, a vítima Eduardo suspeitou que o acusado Carlos houvesse dado causa à mencionada ação policial, o que chegou ao conhecimento do denunciado, despertando sua ira.
Foi então que "Neguinho" telefonou para Jeferson "Farpado" e, após lhe contar o ocorrido, eles combinaram a trama. Desta forma, com o objetivo de ceifar a vida de Eduardo e munidos de pedaços de pau, os denunciados dirigiram-se ao abrigo coletivo em que a vítima residia, adentraram o corredor que dava acesso ao cômodo onde o mesmo morava e chamaram por ele. Quando a vítima saiu para atendê-los, Carlos e Jeferson, imediatamente, passaram a agredi-lo com pauladas.
Eduardo ainda conseguiu fugir dos agressores e correu para dentro de uma sorveteria, localizada na frente de sua moradia, porém, os indiciados, firmes em seus propósitos, o seguiram.
Carlos adentrou no estabelecimento e continuou a lhe desferir diversas pauladas, quando, novamente, o ofendido conseguiu fugir, saindo em disparada pela via pública. Todavia, os denunciados o alcançaram e continuaram a agredi-lo, o que fez a vítima cair no chão, desfalecida. Os indiciados desferiram inúmeras pauladas contra Eduardo. Tamanha era a violência que, em dado momento, o pedaço de pau de Jeferson quebrou e, sem qualquer piedade, ele passou a desferir chutes em todo o corpo, e, inclusive, na cabeça do ofendido, enquanto Carlos continuava a espancá-lo com diversos golpes de pau.
Assim, após agredir, violenta e cruelmente a vítima, com a certeza de que Eduardo estava morto, os denunciados empreenderam fuga.
Eduardo morreu em razão das agressões, conforme laudo de exame necroscópico. O homicídio foi cometido por motivo torpe, pelo simples fato de a vítima suspeitar que Carlos Vinícius houvesse motivado sua abordagem policial.
Redação Diário de Tupã