A Secretaria Municipal de Assistência Social desenvolveu ações de conscientização como parte do movimento internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher. A campanha mundial denominada "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher", começou no último sábado, (25) considerado Dia Internacional de Luta contra Violência à Mulher.
Uma panfletagem em estabelecimentos comerciais e ruas principais do município marcou o evento. A secretária municipal de Assistência Social, Telma Tulim, reforça a importância fazer memória à data, já que a violência contra a mulher assola não só o Brasil, mas o mundo todo.
"Ainda há um machismo no interior de cada ser humano, que faz com que alguns homens entendam que são donos das suas esposas ou companheiras. O que nós precisamos fazer é incentivar essas mulheres a denunciarem, assim como seus vizinhos, amigos e familiares", comentou Telma.
O vereador pastor Eliézer também acompanhou o movimento e destacou a importância deste trabalho. "Estamos dando total apoio a causa. A maior parte dessas agressões acontece dentro do próprio lar. Só neste ano tivemos duas mortes de mulheres agredidas pelo companheiro em nosso município. Existe uma lei que protege a mulher, mas o que falta realmente é uma conscientização", enfatizou o vereador.
Palestra
Já nesta terça-feira (28), dando continuidade às ações da campanha, o auditório do Instituto Federal de Tupã recebeu um seminário sobre o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, ministrado pela palestrante Márcia Amadeu Heleno, que é assistente social e gestora de políticas públicas.
A palestra reuniu agentes comunitárias, servidores da Secretaria Municipal de Educação, Assistência Social, Polícia Civil, Tiro de Guerra e representantes da Câmara Municipal. Márcia assinala que a luta pela causa é incansável. De acordo com ela, além da violência física, existe ainda a violência psicológica.
"A violência doméstica é muito mais do que um olho roxo. O companheiro começa a desmotivá-la. Ele xinga, maltrata, desqualifica o que causa a perda da autoestima da mulher", conta. "A violência pode começar no namoro e depois a mulher começa a ser massacrada dentro de casa. Muitas vezes estão tão acostumadas a viver neste sistema familiar que não percebem a violência. A mulher começa a adoecer, entra em depressão e não consegue mais reagir", completa Maria Helena.
A delegada de Polícia Cristiane Camargo Braga, titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Tupã, acompanhou e considerou louvável a iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social na realização do evento. "Tupã como todas as cidades, tem vivido ainda a situação de violência doméstica que é um mal que a gente não consegue erradicar, mas temos trabalhado bastante para diminuir os índices. Este é um momento de conscientizar e dizer às mulheres que elas são fortes e que podem reagir", disse.
Ainda de acordo com Telma Tulim, para 2018 a intenção é trabalhar a questão ainda mais a fundo. A secretaria está em busca de recursos para implantar uma casa de abrigo para mulheres vítimas de violência. "Precisamos lembrar que mulher não é minoria. Muitos dizem que protegemos as minorias, mas nós somos 51% da população. Não somos minoria mas ainda somos tratadas assim. Estamos dando um pontapé inicial num trabalho que é muito importante", disse a secretária.
O prefeito Ricardo Raymundo, parabenizou o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e reforçou que as mulheres não devem mais se calar. "Todas as mulheres devem denunciar os casos de violência. Não podemos mais suportar tragédias e vidas que se perdem devido à violência contra a mulher", finalizou o prefeito.
Assessoria de Imprensa
Receba Notícias do TupãCity pelo Whatsapp
Participe dos nossos grupos
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Tupã e região.