HUM TUPÃ

A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, finalizou na terça-feira (4) o processo de desinstitucionalização dos moradores da Associação dos Amigos de Pacientes Egressos de Hospital Psiquiátrico (AAPEHOSP). Com as 14 novas Residências Terapêuticas instaladas, além de outra que já estava em funcionamento (totalizando 15 casas), passa-se a construir um novo olhar sobre a pessoa com transtorno mental e seu lugar social: elas voltam a ser inseridas na comunidade, onde podem circular e reconquistar espaços e direitos na comunidade. O Serviço de Residências Terapêuticas faz parte de um Movimento de Luta Antimanicomial, que se caracteriza pela defesa dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Aliado a isso, está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa em centros psiquiátricos em nome de falsos tratamentos. O Secretário Municipal de Saúde, Laércio Garcia, destacou que o trabalho da equipe da secretaria foi fundamental para a conclusão do processo de mudança dos pacientes. "O trabalho de dividir essas pessoas de acordo com o grau de necessidade e recolocá-las na sociedade foi muito cuidadoso e minucioso. Por isso todos os envolvidos nesta questão merecem nosso reconhecimento", frisou. "Conseguimos trabalhar dentro do cronograma que nos foi dado. Infelizmente ocorreram alguns imprevistos com relação à entrega de equipamentos, mas graças a Deus conseguimos concluir o trabalho e os moradores da AAPEHOSP têm um local mais digno para viver", completou o secretário. Laércio lembrou também que o prefeito Ricardo Raymundo acompanhou de perto o processo e deu apoio incondicional à transferência e acolhimento de cada morador em suas novas casas. Processo de adaptação Com a desospitalização dos moradores, após permanência na AAPEHOSP, uma etapa muito importante começa: a adaptação a uma nova realidade. O processo deve ser marcado pelo respeito ao ritmo de adaptação de cada pessoa. A encarregada das Residências Terapêuticas, do Departamento Regional de Saúde (DRS Marília), Nayara Manzine, acompanhou a transferência das últimas pessoas para as casas na última terça-feira. Ela explicou que a reabilitação dos moradores será acompanhada pelo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. "Agora vem a fase de reinserção social que será feita pelo CAPS em parceria com a Promoção Social. Eles estão chegando às casas como pessoas que estão institucionalizadas, por isso agora é hora de retomada de vida", explicou. O coordenador do CAPS, Fernando Januário, disse que quando o projeto das RT’s foi apresentado, havia 138 pacientes para serem transferidos. Entretanto, algumas pessoas deixaram a AAPEHOSP porque receberam alta. "Por isso uma em algumas casas terão apenas oito, seis e nove moradores. Agora a gente inicia uma nova etapa dentro da organização da saúde mental de Tupã, que é dar assistência a esses moradores", finalizou Fernando. Vale lembrar que nas Residências Terapêuticas é trabalhada a autonomia de cada residente. São ofertadas atividades fora da casa e as que o próprio município fornece, como atividades no museu e passeios diários. Os moradores têm total liberdade para frequentarem, por exemplo, um salão de beleza, de saírem para comer um lanche, entre outras atividades.

Assessoria de Imprensa

cabonnet

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