HUM TUPÃ

Muitos tupãenses que foram conferir as atrações do Natal de Luz, na Praça da Bandeira, reclamaram da falta de investimentos da prefeitura, para realização da festa, que tornou-se tradicional. As principais críticas foram com relação à falta de iluminação adequada para o evento e ausência da casa do Papai Noel, que sempre foi instalada na Praça da Bandeira e não na Avenida Tamoios, como aconteceu neste ano. A artesã Audenira Alcará ressaltou que os enfeites que decoraram o evento natalino, neste ano, não se comparam à ornamentação dos anos passados. "Nunca que aqueles enfeites podem ser considerados como do Natal de Luz . Eu pergunto: onde estão os antigos enfeites do ano passado?", indagou. A artesã destacou que, mesmo com falta de recursos, a gestão anterior conseguiu realizar uma bonita festa de Natal na Praça da Bandeira. "Por onde anda o dinheiro que vem para a cultura e para o turismo?", questionou. Audenira disse que o prefeito José Ricardo Raymudo (PV) garantiu, em uma reunião política, que não iria "abandonar as artesãs". Mas não é isso o que vem acontecendo. Para a artesã, a casa do Papai Noel não precisava ser transferida para a Avenida Tamoios, pois a população já comparece normalmente no centro comercial para fazer suas compras de fim de ano. "Já que levaram a casinha do Papai Noel para a avenida, por que também não levam as artesãs? E agora, para quem vamos vender nossos trabalhos que investimos para participar do ‘Natal de Luz’?", indagou novamente. Audenira disse que conversou com várias pessoas, sendo que todas estavam "revoltadas" com o "desprezo" do novo secretário Municipal de Cultura, Renato Gonzalez, para com as artesãs. "Não só com as artesãs, mas com as famílias que sempre iam levar seus filhos para passear e tirar fotos", afirmou. O maior questionamento da artesã é saber o que a prefeitura fez com os enfeites de Natal que enfeitaram a Praça da Bandeira em anos anteriores. "Os moradores da antiga Rua Dracena, na Vila Indústria, estão enfeitando toda a rua com material reciclável", comparou, questionando se isso não poderia ter sido feito também pela prefeitura. A artesã de iniciais R.T., que ocupa um dos quiosques na Praça da Bandeira, disse que cansou de ficar respondendo as perguntas das pessoas que passam pela praça. De acordo com a artesã, os visitantes vão ao seu quiosque e perguntam sobre os enfeites que deveriam estar na praça, luzes e anjos de Natal. "Essas são algumas das perguntas que nós, artesãos, que ficamos aqui o ano todo e que ocupamos os quiosques, temos que responder para as pessoas. Mas nem sabemos o que responder, porque nós também queremos saber", ressaltou. "Sabemos que a situação não está fácil, mas não queríamos nada demais, apenas os enfeites usados no ano passado. Estou decepcionada", disse.

Redação Diário de Tupã

cabonnet

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