Abandonada há pelo menos dois anos, a pista de skate construída aos fundos do Parque Ecológico "Izidoro Nechar" não oferece o mínimo de condições para que os skatistas pratiquem a modalidade.
Localizada aos fundos de um terreno coberto de muito mato, a pista atrai ainda a presença de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões. Para evitar invasões, a área foi cercada com arame farpado.
Sem contar o abandono, o skatista Rafael da Silva Gonçalves, de 22 anos, disse que a estrutura da pista está irregular. "Uma parte está mais alta do que a outra. Não tem jeito de andar de skate naquele lugar", afirmou.
Atualmente, os skatistas praticam o esporte no Parque do Atleta, na região Leste da cidade, que chega a receber mais de 20 pessoas por dia. No local, os próprios skatistas criaram obstáculos para as manobras, como corrimão e caixote, por exemplo. "Mas em Tupã não temos nenhuma rampa e temos muita gente que anda de skate", afirmou Gonçalves.
O grupo de skatistas do qual Gonçalves faz parte fez uma "vaquinha" e reformou parte de uma pista de skate, no Parque Universitário, com recursos próprios. Porém, os reparos eram provisórios. A pista voltou a apresentar problemas e os skatistas deixaram de praticar o esporte no local.
Retomada das obras
Apesar das dificuldades, o prefeito José Ricardo Raymundo (PV) disse que a prefeitura irá investir recursos próprios para concluir as obras do Parque Ecológico. Os valores para execução do projeto ainda não foram estimados e a prefeitura não tem previsão de quando poderá retomar as obras devido ao cronograma de atividades para o final de ano.
Rescisão contratual
Por não ter executado o projeto, a Prefeitura de Tupã rescindiu unilateralmente o contrato celebrado com a Construtora Guimarães Carvalho e penalizou a empresa com multa de 20% sobre o valor do contrato, o que corresponde a R$ 375.360,15.
A empresa também está suspensa de participar de licitações realizadas pela prefeitura e impedida de contratar com a administração pelo prazo de dois anos. A prefeitura explicou que a rescisão unilateral do contrato foi motivado pela "inexecução do projeto" contratado.
A empresa afirma que não deu continuidade nos serviços porque a canalização, que deveria ser construída pela prefeitura no local, não estava concluída. A Guimarães Carvalho recebeu a ordem de início dos trabalhos, porém, sem repasse de recursos não deu continuidade na obra. O montante de R$ 1.953.103,30, que deveria ser repassado pelo governo federal, não foi depositado na conta da Prefeitura de Tupã.
No espaço de 27.520 m², a empreiteira construiu 6 edificações, em formato octogonal regular, sendo 5 quiosques e um outro destinado para sanitários masculino e feminino, com acessibilidade, depósito e, ainda, serviços de terraplenagem e conformações geométricas dos taludes e arrimos.
Vale ressaltar que a construção do Parque Ecológico foi apontada com falhas no relatório da "CPE das Obras", com prejuízos estimados em cerca de R$ 400 mil ao município.
Redação Diário de Tupã
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