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O prefeito José Ricardo Raymundo (PV) recebeu na manhã de ontem, das mãos do presidente da Câmara Municipal, Valter Moreno Panhossi (DEM), dois cheques que somaram a quantia de R$ 2.172.171,32, referentes à devolução do "duodécimo". De acordo com a Câmara Municipal, os recursos ajudarão a prefeitura a adquirir um terreno onde serão construídos o novo cemitério e o 4º Distrito Industrial. O recurso devolvido para a prefeitura representa 20,83% do orçamento de R$ 8,1 milhões destinados para a Câmara Municipal neste ano. A Câmara Municipal informou que, nos últimos três anos, foram feitas devoluções que somaram R$ 5.370.076,47 em favor da prefeitura. No ano de 2015, foram R$ 1.549.851,43; em 2016, R$ 1.648.053,72; e, em 2017, R$ 2.172.171,32. Neste ano, a Câmara Municipal realizou sete licitações que, segundo a assessoria de comunicação do Poder Legislativo, geraram uma economia de 20,47% aos cofres públicos. O Legislativo destacou que, neste ano, os vereadores conseguiram emendas parlamentares de deputados federais e estaduais no valor de R$ 4,1 milhões, "além de duas ambulâncias, um aparelho de Raio-X, realização de cirurgias eletivas com valor em torno de R$ 100 mil e a vinda da Univesp". "A maior parte dos mais de R$ 4 milhões foi destinada a obras de infraestrutura e ao setor da saúde", completou a nota da Câmara Municipal. Economia Panhossi destacou que, desde o início do ano, a Câmara Municipal adotou medidas para economizar com viagens realizadas pelos vereadores. "Mudamos o esquema de viagens. Os vereadores que tinham viagens na terça e na quarta-feira, por exemplo, passaram a ir juntos para Brasília ou São Paulo, com o deslocamento de apenas um veículo", afirmou. O presidente da Câmara ressaltou que, durante os anos que foi vereador, nunca constatou uma "parceria tão grande" com o Poder Executivo. "Os vereadores estão constantemente com o prefeito e com os secretários. Essa é a importância de se trabalhar junto. O vereador tem que fiscalizar e legislar, mas também tem que ser parceiro da cidade. Onde se tem divisões e brigas, ninguém ganha com isso", salientou. Investimentos O vice-prefeito Caio Aoqui (PSD) saiu de uma reunião para participar da solenidade na Câmara Municipal. Aoqui disse que a câmara mantém seus trabalhos de forma eficaz, conquistando emendas importantes para o município. "Com essas emendas, podemos fazer novos investimentos", observou. Aoqui salientou que, no seu primeiro ano como vereador, a Câmara Municipal devolveu para a prefeitura cerca de R$ 17 mil. "A devolução de hoje mostra eficiência, ação eficaz de todos os vereadores. Temos que agradecer o comprometimento com a população e o respeito com o dinheiro público", acentuou. Em seguida, o vice-prefeito se ausentou para retornar à reunião de que havia saído. Despesas O secretário Municipal de Finanças, Cláudio Zopolato, salientou que o recurso devolvido pela câmara é de "fundamental importância" para a prefeitura. "Esse dinheiro não vem nos ajudar somente com o complemento do 13º salário, como também no pagamento dos tributos relativos à folha", afirmou. "Tivemos as casas terapêuticas que nos trouxe um gasto e a prefeitura já teve que desembolsar uma grande quantia", acrescentou. De acordo com o secretário, a prefeitura investiu cerca de R$ 280 mil na implantação das residências terapêuticas. Os serviços, porém, deveriam ser pagos com recursos do governo federal, como acordado em reunião com a Promotoria Pública de Marília. Zopolato disse que entrará em contato com o procurador do Ministério Público Federal de Marília, Diego Fajardo, para solicitar o recebimento desses recursos. "Esperamos um ressarcimento, em janeiro do ano que vem", afirmou o secretário. "Essa quantia repassada pela câmara é fundamental", enfatizou. Antes, os recursos já tinham sido repassados pelo governo federal, inclusive o pagamento dos aluguéis dos imóveis estava sendo feito com este dinheiro. Projetos O prefeito destacou que, em três anos, a Câmara Municipal conseguiu economizar os recursos recebidos, da prefeitura, em um ano. "Tem cidade com orçamento bem maior que Tupã, onde a porcentagem de recursos repassados pela prefeitura é bem maior com 11 vereadores e se gasta mais do que aqui em Tupã", disse. "Isso nos motiva cada vez mais a trabalhar e fazendo jus a esse dinheiro", completou. Raymundo ressaltou que o projeto do cemitério já está no "terceiro desenho", em fase de adaptação. "Já estamos orçando o material do muro. Estamos acertando o contrato para entrada das máquinas que irão perfurar o solo", disse. A prefeitura entrou em contato com a diretoria da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), na capital paulista, e irá apresentar o projeto para aprovação da construção do cemitério. O terreno adquirido pela prefeitura possui cerca de 10 alqueires e, no local, serão construídos o novo cemitério (com cerca de 3 alqueires) e o 4º Distrito Industrial (com cerca de 7 alqueires).

Redação Diário de Tupã

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