A Câmara Municipal votou na sessão ordinária desta segunda-feira (07) o projeto de lei complementar 21/2015, de autoria do prefeito Manoel Gaspar, que autoriza a prefeitura a vender, através de processo de licitação, terreno de 15 alqueires localizado no bairro Dom Quixote.
A área foi doada ao Grupo Clealco Açúcar e Álcool em 2007 para a construção de um novo complexo industrial sucroalcooleiro da empresa. Quase 8 anos depois de sua doação, a área permaneceu inutilizada e não há nenhuma perspectiva da Clealco retomar o projeto de construção da nova usina.
A prefeitura retomou a área e pretendia colocar em leilão. O projeto, que autorizava a venda, entretanto, foi rejeitado pelos vereadores. Em uma sessão tumultuada, que chegou a ser suspensa por 15 minutos para que os vereadores pudessem discutir o projeto, vereadores da situação e da oposição usaram a tribuna respectivamente para defender a aprovação e rejeição do projeto.
Enquanto os vereadores da base governista defendiam que a venda do terreno, avaliado em cerca de R$ 900 mil, possibilitaria a destinação de recursos para os dois hospitais da cidade, melhorando a situação da Santa Casa e do São Francisco que atualmente enfrentam graves problemas financeiros; os vereadores da oposição insinuaram que os recursos obtidos com a venda da área seriam utilizados para pagamento de dívidas e redução do rombo financeiro da prefeitura, hoje estimado em mais de R$ 13 milhões.
VOTAÇÃO
A votação, realizada nominalmente, com os vereadores sendo convocados a expressar o voto por ordem alfabética, foi acirrada até o voto da vereadora Telma Tulim. Apesar de fazer parte da base de apoio ao prefeito Manoel Gaspar e de minutos antes ter discursado a favor do projeto, enquanto membro da Comissão de Justiça da Câmara, a parlamentar surpreendeu a todos, votando contra a propositura.
Mesmo com o voto favorável do vereador José Maria de Oliveira, que até então integrava o bloco de oposição e passou a ser autodeclarar independente, e contando também com o voto contrário do vereador Luís Carlos Sanches, que pertencia ao bloco situacionista e passou para a bancada de oposição, o projeto acabou sendo rejeitado por oito votos contrários contra sete favoráveis.
Votaram a favor do projeto os vereadores Antônio Alves de Sousa "Ribeirão", Augusto Ninha Fresneda, José Maria de Oliveira, Josias "Mangolo" Rodrigues, Pastor Rudynei Monteiro, Pedro Francisco Garcia "Tupanzinho" e Reginaldo "Caveira" Lima Rodrigues. Já os votos contrários foram dados pelos vereadores Amauri Mortaguá, Caio Aoqui, José Ricardo Raymundo, Luís Alves, Luís Carlos Sanches, Telma Tulim, Valdir "Bagaço" de Oliveira Mendes e Valter Moreno.
Câmara rejeita projeto que autorizava prefeitura a vender área doada à Clealco
Redação Folha do Povo/Foto Arquivo
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