A arrecadação "per capita" em Tupã, no ano de 2017, foi de R$ 546,17, com impostos pagos ao município, Estado e União.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população estimada em Tupã era de 65.758 habitantes em 2017. Já o portal "Impostômetro", mantido pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo), destaca que, em 2017, os impostos pagos pelos tupãenses totalizaram R$ 35.914.948,56.
A alta carga tributária reduziu o poder de compra da população e levou os consumidores a pesquisarem melhor o preço dos produtos.
Por mais que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2017 tenha fechado em 2,95%, ficando 3,34 pontos percentuais abaixo dos 6,29% registrados em 2016, não foi essa a impressão para muitos consumidores. Principalmente, diante de três itens importantes: gasolina, gás de cozinha e energia elétrica. Todos, de fato, subiram muito mais que no ano anterior.
Mas eles não foram suficientes para contrabalançar os efeitos de outro fenômeno: uma queda anual de 1,87% no preço de alimentos e bebidas.
Em 2017, a produção agrícola ficou, aproximadamente, 30% acima da safra do ano anterior. Com isso, os preços do grupo alimentação e bebidas, que detém cerca de um quarto das despesas das famílias, caíram 1,87%, e o grupo exerceu o principal impacto negativo no índice. "A queda nos preços dos alimentos se deu, especialmente, por conta dos alimentos para consumo em casa. Com 15,67% de peso, estes alimentos caíram 4,85%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,88%, subiu 3,83%", afirmou o IBGE.
Habitação
As principais influências do grupo "habitação" vieram de itens importantes na despesa das famílias, como o gás de botijão (16%) e energia elétrica (10,35%).
Durante o ano de 2017, a Petrobrás autorizou reajuste, nas refinarias, de 84,31% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos.
Gasolina
A respeito da gasolina, está em vigor, desde 3 de julho de 2017, a política de preços da Petrobras que permite que a área técnica de marketing e comercialização reajuste, na refinaria, os preços dos combustíveis, visando acompanhar a taxa de câmbio e as cotações internacionais de petróleo e derivados. Considerando-se a data de 3 de julho, até o dia 28 de dezembro, foram concedidos 115 reajustes nos preços da gasolina, acumulando um total de 25,49% de aumento. Ainda em julho, houve reajuste na alíquota do PIS/Cofins dos combustíveis. Na gasolina, a alíquota passou de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 por litro.
Cesta básica
De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), os cinco principais produtos que mais possuem impostos embutidos são: a cachaça, com 81,87%; o casaco de pele, com 81,86%; a vodca, com 81,52%; o cigarro, com 80,42%; e o perfume importado, com 78,99%. Já levando em conta os itens que geralmente estão quase que todos os dias na casa do brasileiro, as mercadorias da cesta básica, o ranking foi contemplado pela água (37,44%), a margarina (35,98%) e o açúcar refinado (30,60%).
Redação Diário de Tupã