A zona azul pode encerrar suas atividades em Tupã, devido às despesas que o projeto acumulou desde a decisão judicial proferida no ano passado, pela Justiça do Trabalho de Presidente Prudente. A decisão proibiu a inserção de menores de idade no projeto, que comercializa cartelas de estacionamento rotativo na região central da cidade. Isso resultou no desligamento de quase uma centena de pequenos trabalhadores.
Diante dessa situação, a entidade concessionária do sistema fechou o ano de 2017 com um déficit de R$ 157 mil. Nos últimos meses, o projeto teve déficit mensal de R$ 5 mil, em média.
Em diversas cidades, o projeto de venda de cartelas de estacionamento rotativo está sendo encerrado. As entidades mantenedoras do projeto já não possuem recursos para realizar esses atendimentos, depois da decisão judicial que proibiu o trabalho desenvolvido por menores de idade, deixando-os sem emprego.
O presidente da Legião Mirim de Tupã, João José Pinto, disse que a entidade entrou com recurso no Tribunal de Justiça para reverter a decisão. "Apresentamos sustentação oral, o desembargador relator do caso se sensibilizou com a situação da entidade e pediu vistas do processo", afirmou. A situação ainda é difícil de ser revertida na Justiça.
João José destacou que, apesar do déficit mensal da zona azul, a Legião Mirim está com suas contas equilibradas, devido a inserção de seus colaboradores no mercado de trabalho. "Mas, se a zona azul continuar com esse déficit nos próximos três meses, teremos que repensar a execução desse projeto", afirmou.
Reajuste
A Legião Mirim solicitou à Prefeitura de Tupã, por meio de ofício, reajuste no valor da cartela de estacionamento rotativo, para reduzir o déficit mensal da zona azul. "Com esse aumento dá para ‘empatar’ as contas. Além disso, a medida virá facilitar a devolução de troco", afirmou.
Atualmente, cada cartela custa R$ 1,70. Com o reajuste, o valor da cartela subirá para R$ 2,00 - um aumento de 17,64%. Vale lembrar que a zona azul pode paralisar suas atividades em Tupã se não houver auxílio por parte da prefeitura, que até agora não se manifestou em relação ao pedido.
Redação Diário de Tupã
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