Sabesp fecha cerco contra ligações de água da chuva na rede de esgoto

A Sabesp identificou 667 lançamentos irregulares de água da chuva na rede de esgoto na região de Presidente Prudente, que inclui Tupã. De acordo com a empresa, nos dois primeiros meses do ano, foram realizadas 8,4 mil vistorias em 18 cidades, que possibilitaram a identificação de 667 casos de ligação de água da chuva na rede coletora de esgoto. A ação é realizada em parceria com as vigilâncias sanitárias dos municípios, que notificam os imóveis fora das normas. Na micro região de Tupã, 11 municípios são atendidos pela Sabesp, incluindo Arco-Íris, Bastos, Borá, Iacri, Parapuã, Quatá, Queiroz, Quintana e Tupã. Foram constatadas irregularidades em apenas quaro município, que totalizaram 325 ocorrências. A situação mais grave foi verificada em Parapuã, onde 2.466 imóveis foram vistoriados e 168 irregularidades foram constatadas, sendo que 46 foram sanadas. Já em Quatá a Sabesp vistoriou 28 residências e encontrou 2 irregularidades, sendo que nenhuma foi sanada. Em Quintana foram 125 fiscalizados, 32 irregularidades constatadas e 18 sanadas. Já em Tupã, a Sabesp vistoriou 1.903 imóveis e constatou 123 irregularidades, nenhuma delas sanada. Ligação irregular Entre as desvantagens de se fazer a ligação irregular estão os rompimentos da rede, vazamentos e retorno do esgoto na rua e dentro das casas. No Brasil, onde há grande volume de chuva, especialmente no verão, é proibido lançar água pluvial nos ramais de esgoto. No Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina a regra. Por isso, é necessário que os imóveis tenham duas saídas. A de esgoto recolhe os resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque. É uma tubulação de menor porte, já que esse volume não costuma sofrer grandes variações. Já a saída pluvial, maior, reúne a água da chuva que escoa por ralos e calhas. Os tubos devem ser separados para que o esgoto seja enviado para tratamento e para que as águas pluviais sejam encaminhadas para córregos e rios.