Muitos postos de combustíveis em Tupã ainda não ajustaram o preço do óleo diesel, como determinado em acordo firmado pelo governo federal, após a greve dos caminhoneiros. A redução de R$ 0,46 já deveria ser aplicada no preço do litro do produto desde a última segunda-feira (04).
Vale lembrar que essa redução deveria acontecer com base no preço do diesel comercializado antes da greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 de maio. O que ocorreu durante a greve dos caminhoneiros foi o aumento no preço do produto, que passou de R$ 3,53, em média, para R$ 3,80. Esse aumento foi passado aos donos dos postos que compraram o produto com preços elevados e repassado aos consumidores finais.
O problema é que muitos donos de postos que compraram o diesel mais caro, não pretendem ajustar agora os R$ 0,46 a menos no preço do produto, para evitar prejuízos. A intenção é vender o estoque atual, para depois ajustar o preço do diesel nas bombas. Em alguns postos, o preço médio do diesel que custava R$ 3,80 foi reduzido, agora, a R$ 3,39. A redução foi de R$ 0,41 (-10,78%). A previsão é de que nos próximos dias o valor seja devidamente ajustado conforme o acordo firmado com os caminhoneiros.
Cabe ressaltar que, para cumprir a determinação do governo federal, os postos deverão reduzir os R$ 0,46 no preço do litro do diesel, com base no valor praticado antes do dia 21 de maio. Os valores praticados antes da deflagração da greve deverão ser informados aos consumidores nos postos de combustíveis.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro do diesel custava, em média, R$ 3,53 em Tupã, no dia 19 de maio. Ou seja, o preço médio do litro do diesel deveria ser vendido em Tupã a R$ 3,07.
Vale lembrar que os demais preços dos combustíveis estabilizaram nas bombas dos postos. A gasolina mantém valor médio de R$ 4,49, com aumento de R$ 0,32 em relação ao dia 19 de maio. O litro do etanol custava, em média, R$ 2,68 no dia 19 de maio. Durante a greve dos caminhoneiros, chegou a custar R$ 2,92. Nesta semana, alguns postos já comercializam o litro do produto, em média, a R$ 2,85.
Acordo
Duas medidas provisórias com ações para atender as reivindicações da categoria e retomar o abastecimento do País foram editadas para reduzir em R$ 0,46 o preço do litro do combustível, para acabar com a cobrança de pedágio para eixo em suspensão e fixar um valor mínimo para o frete. Diante dessas medidas, representantes dos caminhoneiros pediram o fim da paralisação que desabasteceu o País de produtos e serviços por nove dias. Para esses representantes, o principal pedido - a redução do preço do combustível - foi atendido.
O que é?
Medida provisória é um instrumento legal, previsto na Constituição Federal, que tem o mesmo efeito de uma lei: entra em prática no dia que é publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Como será feita a redução
As medidas provisórias editadas pelo Governo Temer atuam em duas frentes: uma reduz impostos cobrados em cima do diesel, gerando uma redução de R$ 0,16 por litro no combustível. Em outra ponta, está a criação de um novo programa de subvenção, o que vai garantir os outros R$ 0,30 de diminuição no valor do produto. De acordo com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, essa redução de R$ 0,46 já contempla o desconto anunciado em acordo anterior fechado na semana passada com a categoria.
Aprovação
Além das medidas provisórias, o governo chegou a um acordo com o Legislativo para aprovar o projeto de lei que reonera diversos setores da economia. Assim, será possível realizar os cálculos e adequar o orçamento federal à redução proposta no diesel.
Petrobras
A atual política de preços da Petrobras não vai mudar, apesar da redução bancada pelo Governo Temer. Os reajustes do diesel terão um intervalo de 30 dias, mas a empresa terá liberdade para adequar essa redução nos seus preços.
Redação Diário de Tupã