Oposição desiste de participar de Comissão que irá investigar sobre kits de calçados
18/02/2016
Vereadores que apresentaram denúncia recusaram indicação para compor a comissão.
A Câmara Municipal finalmente definiu nesta quarta-feira (17) a composição da Comissão Parlamentar Especial (CPE) criada com objetivo de apurar supostas irregularidades na compra de 4.070 kits de calçados (compostos por tênis e sandálias estilo papete) que serão distribuídos aos alunos da rede municipal. A criação da CPE, proposta pelo vereador Pastor Rudynei Monteiro, líder do prefeito Manoel Gaspar na Câmara Municipal, foi aprovada na primeira sessão camarária deste ano, realizada no último dia 1º de fevereiro. A demora na composição da CPE se deveu à indefinição da bancada de oposição em indicar seu membro na comissão. Vale ressaltar que as comissões parlamentares especiais são formadas por apenas três vereadores, sendo o presidente o vereador autor do projeto de resolução que deu origem à CPE, além de outros dois membros (um deles assumindo a função de relator), representando as bancadas legislativas. Além de contar com o presidente da comissão, Pastor Rudynei, a bancada situacionista também indicou o vereador Reginaldo "Caveira" Lima Rodrigues como membro da comissão. Já o bloco de oposição, não conseguiu definir seu membro na CPE. Os dois vereadores considerados autores das denúncias que motivaram a criação da Comissão Parlamentar Especial, Luís Alves e Ricardo Raymundo foram indicados para participar da comissão, mas ambos se recusaram a participar da CPE. A indefinição só foi resolvida com a intervenção do presidente da Câmara, Valter Moreno Panhossi, que indicou o vereador José Maria de Oliveira para compor a comissão investigativa. O parlamentar acatou a indicação, possibilitando o início dos trabalhos da CPE. Criada com a atribuição de comprovar a quantidade de kits de calçados adquiridos e recebidos pela prefeitura para serem distribuídos aos alunos da rede municipal de ensino, a CPE terá prazo de 180, a contar do ato de nomeação de seus integrantes para o desenvolvimento e conclusão dos trabalhos. MINISTÉRIO PÚBLICO Além de defender a criação da CPE, o prefeito Manoel Gaspar também sugeriu que os trabalhos da comissão fossem acompanhados pelo Ministério Público, entidades, clubes de serviços, maçonaria e demais segmentos da sociedade civil organizada. Segundo o chefe do Executivo, o acompanhamento da CPE tem por objetivo atestar total transparência sobre o caso, esclarecendo qualquer dúvida que porventura possa existir sobre a compra dos kits de calçados. Gaspar também pediu que os vereadores agilizassem os trabalhos para que os tênis e papetes possam finalmente ser entregues aos alunos da rede municipal. "Essa distribuição gratuita de tênis e sandálias para os mais de 3.600 alunos da rede municipal de ensino é algo inédito em nossa cidade e toda essa confusão fez com que a distribuição dos produtos fosse suspensa, prejudicando os alunos, que são justamente aqueles que mais estão precisando. Por isso pedimos aos vereadores que compõem a CPE que realizem um trabalho série, mas que concluam os trabalhos o mais rápido possível para que possamos entregar os kits de calçados aos nossos alunos", apelou Gaspar.
Redação Folha do Povo
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