A Justiça condenou nesta quarta-feira (12) cinco engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em Bauru (SP) pelos crimes investigados durante operação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).
A operação, deflagrada no fim de 2016, investigou durante um ano e meio o grupo por um esquema de corrupção envolvendo funcionários do departamento e quatro empresas de engenharia. A defesa dos acusados não foi encontrada.
Na ocasião, cinco pessoas foram detidas e foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do departamento em Bauru, na casa de envolvidos e na sede de uma das empresa, que fica em São Paulo.
Segundo a investigação do Gaeco que sustentou a sentença, os suspeitos adulteravam a medição da quilometragem rodada pelas viaturas de apoio aos usuários das rodovias da região de Bauru e Jaú. O rombo estimado pelo MP é de R$ 5,4 milhões.
Segundo a sentença proferida pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Bauru, os engenheiros foram condenados pelas práticas de organização criminosa e peculatos continuados, com desvio de verbas públicas mediante fraude em contratos administrativos.
Um dos engenheiros foi condenado a nove anos de reclusão em regime fechado e outros três a sete anos e quatro meses no sistema semiaberto.
Um quinto suspeito foi condenado a reclusão de seis anos, mas a pena foi convertida em restrição de direito porque ele fez acordo de delação premiada. Todos eles estão em liberdade para recorrer.
Além destas penas, três dos engenheiros que eram servidores do DER também foram condenados à perda da função pública.
A sentença ainda declarou a perda de bens apreendidos pelo MP, como automóveis e dinheiro. O MP promete recorrer da sentença, principalmente com relação ao tamanho das penas.
G1
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