Sem uma perna, homem vira Papai Noel e dá exemplo de inclusão em Marília
25/12/2018 Após ter a perna amputada por conta de um acidente, Wellington do Vale Diniz admite que chegou a tentar o suicídio. Agora, diz que entregar presentes a pessoas em reabilitação deu novo sentido à sua vida.
O Natal de 2018 ficará marcado para Wellington do Vale Diniz, que ganhou de presente uma nova razão para comemorar a data. O ajudante de serviços gerais virou Papai Noel de um centro de reabilitação física de Marília (SP) onde também é um dos pacientes.
Em março de 2017, Wellington sofreu um acidente de moto. Após bater a motocicleta em uma caçamba, ele precisou amputar a perna direita na altura do joelho.
Ele admite que o acidente "praticamente acabou” com a sua vida e chegou a tentar o suicídio.
Meses depois da amputação, ele iniciou a reabilitação em janeiro e, agora, no fim do ano, recebeu um convite que mudou sua vida.
Wellington foi chamado para ser o Papai Noel do hospital e entregar os presentes aos pacientes que, assim como ele, estão em processo de reabilitação.
"A gente acha que tem dificuldades na vida, mas, entrando aqui, vi que não existe dificuldade pra gente. Tem barreiras, mas elas surgem para que a gente passe por elas”, diz Wellington.
Nesta semana, sua chegada à unidade da Rede Lucy Montoro, onde ele faz tratamento, foi marcada pelo clima de festa e de emoção.
Os pacientes, acostumados à rotina de reabilitação, viveram um dia completamente diferente dentro do hospital. A equipe médica festejou a iniciativa e destacou a importância deste tipo de ação no trabalho de reabilitação.
"Eu acho isso aqui maravilhoso, nos traz uma força muito grande para seguir no tratamento, levanta o nosso astral", relata a aposentada Valdete Marques.
Com as crianças, a emoção foi especial para o ex-serviços gerais que agora garante ter encontrado na "profissão” de Papai Noel um novo sentido para sua vida.
Entre elas, Wellington entregou presente para a garota Thalita Pereira de Arruda Pinho, de 7 anos, que é a mais nova paciente da unidade. Ela nasceu com um problema no pé e há um mês faz acompanhamento no local.
Já para José Gabriel Santos Cardoso, de 8 anos, a sensação ao ver Wellington chegando com os presentes foi especial: "Eu pensei que Deus estava entrando.”