Chorume vira ameaça de contaminação no aterro sanitário desativado de Bauru
08/01/2019 Lagoas que recebem o líquido poluente produzido a partir da decomposição do lixo estão no limite porque contrato da empresa que fazia a retirada terminou. Local também está com entulho acumulado.
A região do aterro sanitário de Bauru (SP) está sob risco de contaminação com a chegada do período de chuvas. Isso porque, apesar de desativado há dois anos, o aterro segue produzindo o chorume, um líquido poluente produzido a partir da decomposição do lixo.
Com o aumento das chuvas, as lagoas de chorume do aterro podem transbordar. Os tanques trabalham com sua capacidade máxima e desde dezembro o líquido não é retirado do local, que fica nas proximidades dos presídios PI e PII.
O problema surgiu porque o contrato com a empresa que fazia o serviço de retirada do chorume terminou. O líquido poluído precisa ser constantemente recolhido e levado para tratamento.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, que assumiu o controle das lagoas de chorume que antes era responsabilidade da Emdurb, a licitação para contratação de empresa para retirar o chorume já foi feita e homologada.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Sidnei Rodrigues, ainda esta semana a empresa vencedora deverá dar início à retirada do líquido poluído. O novo contrato será de R$ 1,395 milhão para retirada, transporte e tratamento do chorume.
Rodrigues disse ainda que sabe o risco que a prefeitura corre de contaminar o solo caso o serviço não recomece imediatamente.
"Se houver a contaminação teremos também fazer uma raspagem do solo, ou seja, além de tratar o chorume, teremos de tratar o solo, o que vai aumentar o custo do serviço”, disse o secretário.
A Cetesb disse que vai mandar um técnico nesta terça-feira (8) ao local para verificar a situação. Já a diretoria de limpeza da Emdurb informou que a nova empresa já vai começar a fazer o transbordo do chorume entre este noite e a manhã de quarta-feira (9).
Entulho
Outro problema no aterro de Bauru é uma montanha de entulho que se formou com o material levado para o local a partir dos sete Ecopontos da cidade.
A separação do material reciclável e o enterro da madeira teriam de ser feitos semanalmente, porém há um mês o material está exposto ao tempo. Em uma extensão de mais de 100 metros é possível encontrar matéria como sofás, colchões, e restos de móveis de madeira.
De acordo com Rodrigues, a Emdurb é a responsável pelo serviço, mas estaria com máquinas quebradas há cerca de 45 dias.