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Servidores autárquicos da Unesp de Botucatu (SP) fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira (16) em frente ao Largo da Catedral. Com faixas e cartazes, eles seguiram em passeata pelas ruas do centro de Botucatu e fizeram panfletagem. O protesto começou às 14 horas e durou cerca de uma hora. Os trabalhadores entraram em greve na segunda-feira (14) contra o atraso no pagamento do décimo terceiro salário. Segundo a organização, cerca de 300 manifestantes, entre trabalhadores e aposentados, participaram do ato. A Polícia Militar informou que cerca de 250 pessoas protestaram no centro de Botucatu. No estado todo, a situação afeta cerca de 12,5 mil servidores, desses, 2.500 trabalham no campus de Botucatu. Em reunião extraordinária da Comissão de Orçamento, realizada na terça-feira (15), a Reitoria propôs pagar o 13° salário dos estatutários da Unesp em quatro parcelas: a primeira em fevereiro e as seguintes em maio, agosto e outubro, sendo as três últimas condicionadas ao resultado da arrecadação do ICMS, sem correção. Segundo o Sindicato, a proposta é mais um agravante na opção política adotada pela administração da Unesp. O sindicato disse ainda que o 13º salário dos estatutários da Unesp é a única dívida não paga pela Universidade. Unesp A Unesp pagou o 13º salário apenas para os funcionários contratados pelo regime da CLT, com carteira assinada. Os servidores estatutários não receberam o benefício. Na região Centro-Oeste Paulista, aproximadamente 4 mil servidores são afetados pela falta de pagamento. Desde o segundo semestre do ano passado, a reitoria está detalhando esta situação à comunidade universitária, mantendo-a informada da crise orçamentária e financeira da universidade. Ainda não há uma data prevista para o pagamento do 13º salário de 2018 para os servidores autárquicos. Conforme fora anunciado pelo reitor na reunião do conselho universitário de dezembro de 2018, no caso de não se concretizar o crédito suplementar extra-limite por parte do governo estadual, a Unesp convocaria para a segunda quinzena deste mês de janeiro reunião extraordinária do conselho universitário para revisar a proposta orçamentária de 2019 e readequá-la para o pagamento devido. Em nota, a Unesp disse que no fim do ano passado pediu ao governo do estado um crédito suplementar para pagar o 13° aos funcionários, mas até agora não recebeu o dinheiro. A reitoria informa que, em todo o estado, os atrasos somam R$ 175 milhões. A assessoria de imprensa do Estado de São Paulo informou em nota que até setembro do ano passado, a universidade recebeu do estado um montante da ordem de R$ 1,7 bilhão e que uma suplementação ainda será avaliada pela nova gestão. A situação não é nova e também aconteceu com o pagamento do décimo terceiro de 2017. Na ocasião, o atraso no pagamento chegou a provocar paralisações e protestos em alguns campi. A situação fez com que a Justiça determinasse que Unesp fizesse o pagamento integral a todos os funcionários. De acordo com Rosana Bicudo, coordenadora do sindicato dos trabalhadores da Unesp, a situação que se repete pelo segundo ano seguido tem obrigado muitos servidores a recorrer até a empréstimos para saldar as contas do fim de ano. Segundo a reitoria, caso o crédito suplementar não seja liberado pelo governo, será convocada uma reunião extraordinária do Conselho Universitário para "revisar a proposta orçamentária de 2019 e readequá-la para o pagamento devido”. Segundo a Unesp, essa reunião deve ocorrer provavelmente no próximo dia 22.

G1

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