Paineira Tupã

A prefeitura de Paraguaçu Paulista (SP) decretou estado de emergência por conta do risco de epidemia de dengue que ronda a cidade de cerca de 44 mil habitantes. Somente neste ano, já são 152 casos confirmados da doença, além de outros 350 que estão sob investigação, aguardando exames. A preocupação da administração se justifica. Afinal, em 2015 a cidade sofreu com uma epidemia de dengue de grandes proporções, com mais de 4,5 mil casos do tipo 3 da doença. Na época, o município gastou mais de R$ 1 milhão para cuidar dos pacientes, comprar medicamentos e contratar funcionários. Mas apesar do risco iminente de uma nova epidemia, muitas pessoas ainda se descuidam da limpeza de suas casas e deixam material acumulado que pode virar criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e também da febre amarela, chikungunya e zika. Segundo os agentes de saúde, o trabalho de fiscalização esbarra na falta de compromisso de muitos moradores que, mesmo alertados dos perigos da doença e das precauções, mantêm seus quintais sujos. A Barra Funda é o bairro que concentra mais casos da doença. "Mesmo que a gente tenha passado há poucas semanas numa residência, no retorno a gente encontra uma grande quantidade de criadouros, ou seja, a população não tem feito a sua lição de casa”, explicou Josué Campos de Sena, coordenador de Controle de Vetores. De acordo com Sena, a dificuldade de controle de criadouros na cidade segue mesmo com as equipes de agentes trabalhando em horário estendido, com plantão aos sábados, e ações de nebulização. Segundo a diretora do Departamento de Saúde de Paraguaçu Paulista, Cristiane Bonfim, a decretação do estado de emergência vai permitir a utilização de mais recursos para combater a doença, como a contratação emergencial de agentes e compra de material de hidratação. Para evitar o trânsito de pessoas com a suspeita da doença, a prefeitura montou quatro salas de hidratação espalhadas em vários pontos da cidade. A diretora do Departamento de Saúde diz que, por enquanto, o sistema está dando conta da demanda, mas as subnotificações podem comprometer o atendimento. "Sabemos que para cada caso confirmado, há outros quatro que não são informados, e aí quando a gente percebe não dá mais para dar conta do atendimento. Por isso é importante que todo mundo com sintomas procure os postos de saúde”, explica Cristiane Bonfim.

G1

cabonnet

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