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Mais de 30 garotos foram retirados de alojamentos de escolinhas de futebol considerados impróprios em Lins (SP) após denúncia enviada ao Ministério Público. A ação entre o MP, Conselho Tutelar e órgãos da prefeitura retirou os jovens nesta terça-feira (26). Ao todo 32 garotos e jovens que estavam morando na cidade em busca do sonho de se tornar jogador de futebol foram transferidos para um hotel da cidade, pago pela prefeitura de Lins. Os jovens frequentavam "escolinhas de futebol” comandadas por empresários que tentavam encaminhá-los para testes em clubes da região. A reportagem da TV TEM apurou que alguns desses atletas pagavam entre R$ 400 e R$ 500 para participar do projeto. Porém, a denúncia recebida pelo MP indicava que esses candidatos a jogador de futebol ficavam alojados em casas alugadas sem a infraestrutura necessária e também sem a fiscalização do Corpo de Bombeiros. Três endereços foram fiscalizados e os jovens que moravam nos imóveis foram transferidos para o hotel. Nesta quarta-feira (27), 24 deles seguiam hospedados no hotel da cidade. Alguns garotos já estavam sendo encaminhados para clubes da região e outros aguardam resolução da Vara da Infância e da Juventude para poderem voltar para seus estados de origem, a maioria do Nordeste. Segundo a prefeitura, entre as irregularidades encontradas estão a falta de regulamentação junto à administração municipal e ao Corpo de Bombeiros, ausência de um tutor dedicado 24 horas por dia para cuidar desses meninos, além de problemas com relação às condições sanitárias e de higiene dos alojamentos. De acordo com o Conselho Municipal de Assistência Social de Lins, que também participou da fiscalização, os adolescentes estão na cidade com a autorização dos pais. A prefeitura disse que vai pagar pela hospedagem no hotel, mas poderá cobrar esse custo dos empresários. "Assumimos essa hospedagem porque, na condição de poder público, tínhamos a obrigação de cuidar desses garotos. Vamos cobrar dos responsáveis a regularização dos alojamentos para que eles possam ser reativados”, explica Fábio Arroteia, presidente do conselho. Procurados pela reportagem, os dois empresários responsáveis pelos três alojamentos disseram que farão as adequações necessárias que são exigidas pelos bombeiros e Vigilância Sanitária e que buscarão se adequar à legislação em vigor. Eles não deram prazo para reabrir os alojamentos.

G1

Paineira Tupã

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