Paineira Tupã

Um menino de três anos tentou se enforcar após ver um vídeo de uma personagem da internet chamada "Momo", que incentiva crianças a cometer automutilação e suicídio em Birigui (região de Araçatuba). O garoto pegou uma sobra de corda do varal, envolveu no pescoço e pulou de um degrau, mas foi salvo pela mãe. O susto revela que ele não sabia o que estava fazendo e apenas reproduziu alguma coisa que viu na internet. A mãe, Nayara Lopes dos Santos,disse não há dúvidas que o filho teve acesso a conteúdo impróprio na Internet. Segundo ela, desde o dia do incidente, o menino não quer mais brincar com o celular e nem assistir TV. O irmão mais velho, de apenas nove anos, foi quem revelou que o menino teria assistido a um vídeo da boneca Momo, uma personagem associada a vídeos de suicídio e automutilação que circulam na rede mundial de computadores. A mãe conta que, como trabalha em casa, costumava ligar o celular à TV e deixar o menino por longos períodos assistindo a vídeos da Internet, principalmente desenhos animados. Ao checar o histórico do celular, encontrou um vídeo da personagem sombria. Agora o menino está assustado. Não quer brincar com o celular, ver TV e nem ficar sozinho.

Quem é Momo? A "Momo” não é uma pessoa e, muito menos, um fantasma. Trata-se do apelido dado a uma escultura criada por um artista japonês e exposta, em 2016, no museu de Tóquio. A obra representa uma mistura de mulher e pássaro, criando um efeito perturbador. E é justamente o aspecto perturbador da escultura que fez com que ela fosse usada para ilustrar vídeos e perfis na Internet com conteúdo negativo, que em alguns casos, o vídeo fala sobre automutilação e suicídio. Existem relatos que, recentemente, vídeos da boneca ensinando as crianças a se suicidarem foram encontrados dentro de desenhos animados e outros vídeos feitos para crianças. Na região já há notícias de mais dois casos de pais que afirmam que os filhos ficaram assustados depois de assistir vídeos da Momo no meio de desenhos infantis. Um caso é de um menino de quatro anos, de Bilac e o outro, uma menina de oito anos, de São José do Rio Preto. No segundo caso, a mãe estava junto e retirou o desenho assim que a boneca apareceu. Mas todas essas histórias deixam claro uma lição que muitos pais ainda não aprenderam: crianças não devem navegar na Internet sem supervisão. A preocupação se torna ainda maior porque esses vídeos podem estar misturados a conteúdo realmente voltado às crianças.

SBTInterior

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