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Uma família registrou boletim de ocorrência contra o cemitério municipal de Bauru (SP) Cristo Rei, administrado pela Emdurb, alegando que o corpo da jovem Tatiane Marcelina de Souza Tavares, enterrado no local desde 2012, foi exumado sem autorização dos parentes. Ao G1, o irmão de Tatiane, Marcelo Aparecido de Souza, de 27 anos, conta que foi informado da exumação, mas não encontrou os ossos da irmã no local. "Fiquei nervoso quando soube e exigi que eles me dissessem qual era o saco que tiraram da gaveta. Foi quando me pediram para ver a ossada nos sacos e tentar reconhecer minha irmã. Eu estava tão perplexo que fomos até um banheiro e comecei a mexer nos sacos, mas nem panos tinham para conseguir reconhecer algo”, descreve. Segundo Marcelo, a irmã morreu aos 25 anos vítima de um acidente de moto na rodovia Cesário José de Castilho. Quando houve o sepultamento, a família não tinha nenhum túmulo comprado. Com isso, para realizar o enterro, a Emdurb cedeu uma gaveta. "Na semana seguinte do enterro, já adquirimos uma sepultura, porém, era necessário esperar o prazo de três anos para fazer o translado do corpo. Após esse período, procuramos o cemitério e fui informado que como tinham feito um sepultamento recentemente em uma gaveta acima de onde estava o corpo da jovem, precisariam aguardar mais três anos", diz.

Marcelo de Souza com a irmã Tatiane, que morreu aos 25 anos vítima de um acidente de moto em rodovia da região — Foto: Arquivo pessoal
Marcelo ressalta que durante esse período chegou a fazer ligações para saber quando o corpo seria realmente retirado e colocado na sepultura. Contudo, na manhã desta terça-feira (26), a família alega que foi informada de que já tinham feito a exumação do corpo. "A minha mãe, imediatamente, me avisou e fui até lá. Quando cheguei no local, encontrei dois coveiros e seis sacos cheio de ossos. Eles já tinham realizado o procedimento", afirma. Ao questionar qual daqueles sacos estava a ossada da irmã, os funcionários teriam respondido que era o lacre 633, mas na ficha do obituário estava que era o lacre de número 650. Marcelo conta que acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência contra o cemitério. "Colocaram os sacos dentro de um escritório e disseram que iriam fazer o DNA. Saí desolado, até agora não acredito que isso possa ter acontecido. E ainda, não sei como contar tudo que aconteceu para a minha mãe, pois ela sofre de pressão alta e não pode passar nervoso." "Eu só queria que tivessem me avisado para acompanhar e ver que minha irmã tivesse sido colocada no lugar certo”, lamenta. Em nota, a Emdurb informa que recebeu a denúncia da família na terça-feira (26), por volta de 16h, e protocolou a reclamação. A empresa afirmou que através do setor de corregedoria irá averiguar junto ao setor de necrópoles a veracidade do que foi relatado.

G1

Santa catarina

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