Câmara rejeita projeto de incentivo às empresas
06/04/2016
Proposta foi aprovada por unanimidade em 1ª votação e rejeitado com 9 votos contrários em 2ª votação
A Câmara Municipal rejeitou na sessão desta segunda-feira (04) o projeto de lei complementar 02/2016, de autoria do prefeito Manoel Gaspar, que alterações a Lei Complementar 204, de 12 de julho de 2011, instituindo o Programa de Desenvolvimento Econômico de Tupã (Prodet). Criada em 1989, com o objetivo de definir os parâmetros para concessão de benefícios às empresas do setor de indústria, comércio, serviço e turismo, a Lei do Prodet foi alterada pela última vez na administração passada, através da Lei Complementar Municipal nº 204, de 12 de julho de 2011 Apesar de beneficiar inúmeras empresas e ajudar a gerar empregos na cidade nos últimos anos, a Lei do Prodet foi suspensa em julho no ano passado, após um grupo anônimo denunciar ao Ministério Público supostas irregularidades na legislação. Desde que a lei foi suspensa, a prefeitura ficou impossibilitada de conceder qualquer tipo de incentivo que vinha sendo oferecido através do Prodet. Com o projeto de lei apreciado nesta segunda-feira a prefeitura pretendia retomar os incentivos em prol dos setores produtivos de Tupã, incluindo várias isenções, como IPTU, taxa aprovação de projeto arquitetônico, ISS sobre mão de obra da construção, além da concessão de vários serviços, como terraplanagem, aterro, limpeza, corte de terra com alguns parâmetros. O projeto manteve a concessão de direito de uso real, com a inclusão da doação condicionada e da venda mediante autorização prévia do poder legislativo, ou seja, toda doação de área pública passaria a votada pela Câmara e em seguida licitada. A proposta, que corrigiu os apontamentos realizados pelo Ministério Público e incluiu muitos aspectos de leis similares em vigor em vários outros municípios, foi encaminhada há quase dois meses à Câmara Municipal, prazo em que vereadores poderiam apresentar sugestões para corrigir ou melhorar o projeto. A propositura, entretanto, foi levada para votação sem nenhuma emenda. Para entrar em vigor, o projeto teria que ser aprovado em duas votações. Na primeira votação a proposta foi aprovada por unanimidade entre os 15 vereadores. Já na segunda votação, o projeto acabou sendo rejeitado por 9 votos contrários e 6 favoráveis.
Redação Folha do Povo
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