Santa catarina

A Prefeitura de Tupã abriu na quinta-feira (18), pela terceira vez, processo licitatório para a contratação de uma empresa para a construção do Parque Indígena, em um terreno definido às margens da SP-294 e vicinal para Quatá. Para isso, deverá utilizar recursos a serem repassados pelo DadeTur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Turísticas). Obra com custo estimado em cerca de R$ 2,3 milhões, o Parque Indígena já teve duas licitações desérticas. O projeto não tem despertado o interesse de empreiteiras porque o seu custo pode estar subvalorizado. Trata-se de uma obra de grande porte, com valor previsto de realização abaixo do praticado no mercado. O que se sabe é que os recursos liberados pelo DadeTur para a construção do Parque das Nações Indígenas são de cerca de R$ 1,7 milhão. A prefeitura prevê que o seu custo deve ser de cerca de R$ 2,3 milhões. Por isso, será preciso uma contrapartida de cerca de R$ 600 mil. Na verdade, estima-se que custaria pelo menos R$ 3 milhões. Para se ter ideia, o convênio foi assinado com o governo estadual no dia 21 de dezembro de 2017. Não se sabe de quem foi a ideia de se construir uma obra desse tipo. O que se sabe é que, se a obra for mesmo realizada, poderá se transformar em mais um "elefante branco”. Isso porque a cidade já tem o Parque do Atleta, Parque Linear e está concluindo o Parque Ecológico. Isso tudo, na cidade. O Parque Indígena ficará fora da cidade, sendo necessário atravessar a rodovia para se chegar ao local, onde haverá apenas uma imensa área cercada por alambrado, sanitários e pista de caminhada. Isso dentro da primeira etapa, que "enterraria” uma pequena fortuna que poderia ter uma aplicação mais eficiente. O autor do projeto previu que a obra teria uma segunda etapa. Isso se conseguir recursos do DadeTur. Desta vez, haveria a construção de estacionamento e do pavilhão de eventos. Não há nenhuma previsão de quando isso seria feito. Em que pese o mérito de se homenagear os "senhores da terra”, a localização não parece ideal. O terreno poderia sediar, por exemplo, um complexo de empresas, o que daria maior retorno. Já foi cogitada, aliás, para receber o novo distrito industrial. É preciso que haja uma política séria, com objetivos bem definidos, a fim de que os investimentos tenham retorno em benefício de toda a população.

Redação Diário / Foto: ilustrativa

cabonnet

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