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Às vésperas da votação do pedido de impeachment do prefeito José Ricardo Raymundo, o Ministério Público pediu a cassação do mandato do vereador Valter Moreno Panhossi, sob acusação de improbidade administrativa, enquanto ainda era presidente do legislativo, em 2018. A denúncia foi feita através de uma representação do vereador Tiago Matias, que alegou que Valter o teria pressionado para que votasse nele para reeleição à presidência da câmara. Caso contrário, segundo o documento do MP, Valter daria início a uma comissão para afastar Matias, que é investigado por ter sugerido "rachid” de salário com seu ex-assessor, Oliver Amaro, que o denunciou. Na época, Amato era pleiteado para ser secretário municipal de Juventude, secretaria que seria ligada a Matias. A negociação entre Valter e Matias foi gravada pelo vereador e por seu atual assessor, Carlos Adolfo Alvares Júnior. O arquivo foi encaminhado à justiça. Em alguns trechos da denúncia, Valter diz que teria segurando "a bucha” para Matias, enquanto outros vereadores o cobravam para que uma comissão para investigar o vereador fosse aberta. "É, nós fomos segurando a bucha. O pessoal me cobrando. O PH vindo aqui você tem que abrir CPE, você tem que abrir não sei o que, e eu segurando, eu segurando. É porque você é meu parceiro. Ninguém ia fazer um negócio desse. Segurei, segurei, segurei…”, diz Valter no áudio. Matias questiona o motivo por que Valter abriria uma CPE contra ele. "Evidentemente que no momento em que você trair o grupo, que você tá traindo não a mim, tá traindo o grupo… Você prometeu o voto aqui, né? Eu acho isso chato. Então quer dizer, fui parceiro seu”, responde Valter. A conversa continua e Valter sugere que Matias teria quebrado um "acordo”, referente à votação da mesa do legislativo. "Mas ai você tá me retaliando”, aponta Matias. "Eu tô fazendo aquilo que eu devia ter feito lá atrás. Só que você quebrou o acordo. Se você não quebra, jamais eu faço isso. Eu não fico falando duas conversas não. Minha conversa é uma só”, replica Valter. Em resumo, o Ministério Público entendeu que Valter Moreno teria cometido improbidade administrativa ao não ter aberto uma CPE contra Matias e ainda por tê-lo induzido a uma votação por interesses pessoais. Além disso, Valter também poderá pagar multa de até R$ 100 mil. Em contato com o Tupacity.com, o vereador denunciado admitiu o caso narrado em denúncia e disse que aguarda as medidas cabíveis à investigação. Segundo ele, o caso será avaliado por uma juíza, que poderá acatar ao processo de forma parcial, ou seja, sem afastamento do mandato, ou pelo afastamento integral, em que seria afastado imediatamente do cargo de vereador, incluindo corte de salário. Nesta hipótese, Valter Moreno poderá ser substituído pelo suplente, Luis Alves.

Redação Tupacity.com

Paineira Tupã

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