O projeto "Fomento à produção e ao consumo sustentável em população de baixa renda” tem realizado hortas pedagógicas desde o ano passado, com alunos e professores do ensino fundamental das escolas João Geraldo Iori e Mário Covas. As crianças se envolvem com a plantação, cultivo e manutenção, num trabalho que vai desde as regas diárias até a identificação de possíveis agentes agressores ao sistema da horta, colheita, limpeza e higienização e degustação. Para aliar ao conteúdo trabalhado em sala de aula, a horta se tornou um instrumento pedagógico que transforma aquilo que é mais abstrato em concreto. As atividades que contemplam esse projeto dividem-se em atividades complementares, que são desenvolvidas na sala de aula, onde são trabalhadas questões relacionadas à alimentação saudável e atividades de cuidados com a natureza. Com isso, o projeto pretende desenvolver o interesse das crianças por questões relacionadas ao meio ambiente e agroecologia e por alimentos geralmente avessos a elas, mas que são muito importantes para sua saúde como alface, couve, almeirão, cenoura e a beterraba. A coordenadora pedagógica Dulce Antiqueira, da Escola Mário Covas, ponderou que a atividade é essencial para o aprendizado. "As crianças estão vivenciando todo o processo, desde o plantio até a colheita. Elas vão guardar isso para o resto da vida. Além de estimular a família a ter uma hortinha orgânica em casa, essas crianças estão se desenvolvendo em todos os âmbitos, não só escolar, mas a vivência da vida”, disse. Iniciado no meio do ano passado, as hortas fazem parte de um projeto de pesquisa, ensino e extensão da Unesp, fomentado pelo CNPq (processo n.442763/2016-6) e coordenado pela professora Andrea Rossi Scalco. De acordo com a professora Andrea, "esse projeto pretende conscientizar e estimular as crianças para que tenham uma alimentação saudável, priorizando produtos mais naturais como frutas e legumes, e ainda sensibilizá-las para questões relacionadas à preservação do meio ambiente, por meio de práticas agroecológicas”. O projeto conta com a participação ativa de docentes e discentes da Unesp, professores, coordenadores, diretores e alunos do ensino fundamental I das escolas "João Geraldo Iori” e "Mário Covas”. Finalizando, a professora Ana Elisa Lourenzani, da Unesp de Tupã, acrescentou que "problemas complexos como a segurança alimentar e nutricional só serão enfrentados com a participação de todos”.
Divulgação
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