Governo do Estado suspende programa "Melhor Caminho"

Tupã tem o agronegócio como uma de suas principais fontes de renda. E parte das principais riquezas do município passa pelas estradas rurais, que hoje se encontram deficitárias para o tráfego de veículos e escoamento dos produtos. Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Tupã possui cerca de 500 quilômetros de estradas rurais, sendo que muitas ainda precisam de melhorias para facilitar a vida dos proprietários rurais e melhorar a logística do setor agropecuário. Um dos projetos que poderiam ter continuidade para amenizar parte desse problema é o "Melhor Caminho”, que pertence ao governo estadual. O secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, José Rodrigues, o "Zé Vinagre”, disse que o governo estadual suspendeu o programa devido às remodelações ocorridas na Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo). "Conversei com o Ricardo (prefeito cassado) e ele disse que o governo estadual não estava mais liberando o projeto”, afirmou. "Zé Vinagre” disse que pelo menos três locais poderiam receber os serviços: a estrada do Moinho, em uma extensão de 5 quilômetros; a da Fazenda São Paulo, sentido município de Queiroz; e o Balneário Sete de Setembro, que dá acesso ao aterro de galhos, no Bairro Dom Quixote. "A prefeitura tenta implantar o aterro no local, e esse projeto iria nos ajudar muito”, afirmou. O projeto é realizado com gabiões, "bigodes” e curvas de nível que facilitam o escoamento de água nas propriedades rurais. As estradas rurais também recebem melhorias com a implantação de "camaleõs" em uma camada de 10 centímetros de pedras que se espalham pelas laterais da rodovia para faciliar o tráfego de veículos. "É um serviço fácil de conservar, que não precisaria nem de asfalto”, ressaltou o secretário. Vale lembrar que o então prefeito Waldemir Lopes (PSDB) conseguiu com o governo estadual recursos de aproximadamente R$ 380 mil para execução do projeto em Tupã. Mas por não conseguir executar as obras, a Prefeitura de Tupã, na gestão do então prefeito Manoel Gaspar (MDB), teve que devolver os recursos ao governo estadual.

Jornal Diário