Região

Inauguração da Havan em Marília atrai multidão

29/07/2019
Milhares de pessoas se aglomeraram na manhã deste sábado (27) ao lado do Terminal Rodoviário de Marília, para a inauguração da Havan.

Como se aguardassem a realização de um espetáculo, milhares de pessoas se aglomeraram na manhã deste sábado (27) ao lado do Terminal Rodoviário de Marília para a inauguração da Havan. Esta é a 127ª unidade da rede de lojas de departamentos. Momentos antes, em um evento aberto apenas para imprensa, autoridades e funcionários, Luciano Hang fez um discurso motivacional inflamado, pregando a alegria e atenção ao cliente. Ele foi recebido pelos trabalhadores em meio a gritos ensaiados como se fosse um artista pop. Mas não é puro marketing por parte do empresário. Muita gente está em busca de emprego e a loja contratou logo de cara 150 pessoas – fora os indiretos. A vendedora Magda Gonçalves, 23 anos, foi chamada por Hang para subir ao palco, pois estava chorando de tanta emoção.

(Foto: Leonardo Moreno/Marília Notícia)
Momentos depois, ao Marília Notícia ela explicou que há cinco anos procurava emprego com carteira assinada. "Só consegui agora. Cheguei na fila do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) às 20h, levei cobertor, dormi ali e passei pela entrevista 9h do outro dia”, disse. Uma longa fila de pessoas procurando emprego se formou naquele dia 26 de junho, cerca de um mês antes da inauguração com ares de show – que contou até com a participação do apresentador de TV Otávio Mesquita. Entre as autoridades presentes estiveram o prefeito Daniel Alonso (PSDB), o presidente da Câmara vereador Marcos Rezende (PSD) e outros parlamentares municipais, além do deputado Capitão Augusto (PL). O dono da empresa em seu discurso brincou com o apelido de "véio” da Havan – como vem sendo chamado na internet – e criticou políticos e o poder público. Para ele, o Brasil é "comunista”, tamanha interferência do Estado na vida das pessoas e das empresas. Hang é grande defensor do presidente Bolsonaro (PSL), reafirmou isso, e criticou a burocracia, a imprensa e o que chamou de "eco chatos”, que atrapalham o crescimento do país, em sua opinião.