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A Polícia Civil da região de Bauru atua sem 38,58% dos seus policiais, segundo dados de dezembro de 2018, fornecidos pelo Governo de São Paulo. São 580 cargos vagos, além das aposentadorias e exonerações que aconteceram desde 1º de janeiro e que agravam ainda mais o deficit. O índice de 38,58% é um dos piores do estado e supera até mesmo a média estadual de defasagem na instituição, que está em 33,96%. Os números foram passados, em fevereiro de 2019, ao Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), por meio da Lei de Acesso à Informação. A região conta com 923 cargos de policiais civis ocupados. Contudo, de acordo com a legislação e para que a população pudesse ser atendida com maior qualidade, a região deveria ter 1.503 profissionais. Os dados representam 580 cargos vagos e que acabam sobrecarregando os que estão trabalhando e são submetidos a condições de trabalho extenuantes. "Um policial civil, por exemplo, é obrigado a cumprir a função de quatro ou cinco. Desta forma, normas do direito internacional do trabalho são frontalmente desrespeitadas, pois não se permite ao profissional o direito ao descanso. Ele fica 24 horas de sobreaviso, a semana toda e o mês inteiro”, avalia a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati. O deficit soma as ausências nas carreiras de delegado, escrivão, investigador, agente policial, agente de telecomunicações, papiloscopista e auxiliar de papiloscopista. "Existe uma falta de estrutura geral para que a Polícia Civil possa trabalhar e mesmo assim é uma das melhores polícias da América Latina, mostrando altos índices de esclarecimento de crimes e baixando os índices de homicídios no Estado. A Polícia Civil trabalha graças ao heroísmo e comprometimento dos policiais que integram a instituição", afirma a presidente do SINDPESP. O Deinter 4 é composto pelas seccionais de Bauru, Jaú, Lins, Marília, Ourinhos e Tupã, que atuam em 76 municípios da região e compreendem a uma população estimada de 1.886.819 habitantes. Perante esta situação, a presidente do SINDPESP visita a região, nesta terça-feira (06/08) às 14 horas, e debate as dificuldades da Polícia Civil com os delegados do Deinter 4. A reunião acontece no auditório da Delegacia Seccional de Bauru, localizada na Praça Dom Pedro II, 3 – 20. Além da questão da grande defasagem, serão abordados problemas como a falta de coletes balísticos e munições e, também, o trabalho que está sendo realizado para conseguir o reajuste salarial prometido pelo governador e a Reforma da Previdência para a Polícia Civil. "A partir do momento que não se investe de forma adequada na segurança pública e na Polícia Judiciária, que é a que tem a atribuição legal e constitucional de investigar o crime com inteligência e de combater as organizações criminosas por meio dela, você deixa a população totalmente desprotegida e não se dá a certeza do castigo para aquele que pratica o crime”, afirma a presidente do sindicato. Raio-X A ação integra uma série de reuniões que o SINDPESP está realizando em todas as regiões do Estado para mapear as condições de trabalho dos policiais. "A reunião no Deinter 4, em Bauru, faz parte de um cronograma de ações do SINDPESP, em que estamos percorrendo todo o estado de São Paulo para conversarmos com os delegados e sabermos quais são os problemas locais vivenciados por aqueles que combatem o crime e estão na linha de frente da segurança pública”, pontua Raquel Gallinati. A visita ainda tem como objetivo apresentar aos delegados as ações e atividades do sindicato, as negociações com o governo estadual nos últimos três anos e os futuros projetos em favor da classe.

Assessoria

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