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Uma atividade que nasceu como uma tarefa da disciplina de Comunicação Empresarial para o segundo ano do curso de Administração da Unesp – Campus de Tupã mobilizou alunos e comunidade e acabou gerando mais valor do que o que era previsto pela professora e pelos estudantes. O desafio proposto pela Profa. Dra. Cristiane Hengler Corrêa Bernardo era o de que os estudantes, divididos em grupos, pudessem gerar o maior valor possível com tempo e recursos escassos. Cada grupo recebeu um envelope lacrado com o valor de R$ 5,00 no interior e com a seguinte instrução - eles teriam que criam um empreendimento, qualquer que fosse, que gerasse o maior valor com um investimento inicial de apenas R$ 5,00. O detalhe é que eles poderiam usar o tempo que quisessem no planejamento, mas depois do envelope aberto teriam apenas duas horas para "gerar valor”. Essa tarefa foi inspirada no livro da pesquisadora norte-americana Tina Seelig que propôs a mesma atividade na Universidade de Harvard. A professora Cristiane explica que queria que eles percebessem que a "geração de valor” não está restrita ao lucro e deu muito certo. "Eles perceberam como é importante o planejamento, a comunicação para colocar o empreendimento em prática, as relações interpessoais, a criatividade e, acima de tudo perceberam que gerar valor não é apenas lucrar, mas pode ser um valor social, cultural, afetivo, enfim, os vários trabalhos apresentados foram fantásticos e eles puderam perceber tudo isso na prática”. Os trabalhos apresentados pelos alunos variaram entre varrer calçadas na Vila Tupã Mirim, atividade já registrada na edição de 10 de agosto do Jornal Diário de Tupã e que motivou até a associação de Moradores do Jardim Marajoara a discutir a implementação de mutirões de limpeza; criar páginas em redes sociais e logomarca para divulgar a venda de doces de uma vendedora informal, até a vender produtos nas ruas, ou com entregas personalizadas. Durante as apresentações os estudantes contaram as experiências e percepções que puderam ter durante a atividade. Muitos que foram vender algum produto nas ruas perceberam o quanto a comunidade tupãense respeita o trabalho desenvolvido pela Unesp e isso ficou claro durante a abordagem, pois quando mencionavam que era uma atividade do curso de Administração da Unesp eram muito bem recebidos. Também puderam perceber a dificuldade das pessoas que fazem vendas nas ruas e isso envolveu lidar com a timidez e com a comunicação rápida com pessoas que estão em carros parados nos sinaleiros. Apesar do valor gerado não ser o lucro, todos os grupos acabaram também gerando um valor financeiro. E aí, a professora lançou um novo desafio – o que fazer com o dinheiro arrecadado. Os estudantes ficaram totalmente livres para darem o destino que quisessem para o dinheiro obtido. A única condição era que os grupos se reunissem e houvesse um consenso sobre qual seria o destino. Novamente, entra a necessidade da comunicação para que o consenso fosse possível. Os grupos do período diurno escolheram participar da campanha, organizada pelo Centro Acadêmico Nove de Novembro (CANN) da Unesp, de arrecadação de leite para ser doado à instituições beneficentes do município. Ao todo foram doadas 48 caixas de leite para a ONG Arte e Vidas. Já os grupos do período noturno optaram por doar o valor a uma caixinha para os servidores da Unesp que cuidam dos animais abandonados que acabam ficando pelo Campus. Esses animais, gatos e cachorros, recebem ração, vacinas e banhos, com os valores arrecadados pelos funcionários. A diretora técnica administrativa da Unesp em Tupã, Ana Paula Cruz Dias, uma das servidoras que cuida dos animais do campus, ressalta a importância da iniciativa dos estudantes e destaca que "o resgate e adoção dos animais de rua não envolve apenas ser solidário, ter respeito e compaixão por estes seres. Engloba também o papel de cuidar do ambiente em que convivemos, tendo em vista que o animal bem cuidado, alimentado, vacinado e castrado faz com que tenhamos um controle populacional dos bichos e evitamos a proliferação de doenças. Ressalto a importância da posse responsável do animal, bem como o respeito às leis específicas que garantem sua saúde e dignidade”.

Divulgação UNESP

cabonnet

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