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O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou diversas irregularidades na Câmara Municipal de Bastos entre 2017 e 2018. O gasto com viagens, por exemplo, é 30 vezes maior em relação a cidades do mesmo porte na região. Os vereadores gastaram R$ 99.553,00 em 2017. Para fazer a comparação, o TCE citou a cidade de Junqueirópolis, que é do mesmo porte de Bastos e gastou apenas R$ 3.301,00. Segundo o Tribunal de Contas, falta transparência em documentos que comprovam gastos com refeições. As informações foram divulgadas pelo G1 nesta quinta-feira (3). Em restaurantes com refeições completas por R$ 20, vereadores chegaram a gastar R$ 132,10 sem especificar os produtos comprados. Também há dúvidas quanto ao pagamento do salário dos vereadores Patrocínio Monteiro Filho (PSD), Luis Carlos dos Santos e Francisco Ferreira da Silva, ambos do PTB. Estes dois, também seriam funcionários públicos da prefeitura e, quando se ausentaram do trabalho para viagens como vereadores, não tiveram o salário descontado da folha de pagamento. Também são questionados os gastos com combustível. De acordo com o TCE, a distancia percorrida com veículos oficiais da Câmara pode ter passado de 47 mil Km em 2017, quantidade suficiente, segundo o órgão, para dar a volta ao redor do planeta, por exemplo. O vereador Kleber Lopes de Sousa (DEM), que à época era presidente da Câmara, disse que o valor é alto porque o carro foi utilizado pela prefeitura, pela Secretaria de Saúde na divisão de ambulâncias. "Nós tivemos um começo de mandato muito difícil em 2017, onde faltavam ambulâncias. Hoje não, já temos estas ambulâncias e o carro não é mais utilizado", comentou. Além disso, ele afirmou não ver falta de transparência. "A gente vai nos restaurantes e tem vários tipos de pratos, é à escolha de cada vereador, eles têm a liberdade de escolher". Ainda segundo ele, não há um limite de gastos para os parlamentares previsto na legislação. A assessoria da Câmara Municipal de Bastos disse que uma resposta aos apontamentos já foi enviada ao órgão, que pode, ou não aceitar a justificativa. Outro lado Os vereadores Patrocínio e Francisco afirmaram que a defesa do caso foi esclarecida pelo jurídico da Câmara. Luis Carlos disse não haver incompatibilidade com o cargo de professor municipal e de vereador. Sobre a utilização do carro da Câmara, a prefeitura disse que foi esporádico e que não justifica o valor dos gastos.

Redação Tupacity.com/Com informações do G1

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