HUM TUPÃ

As principais datas comemorativas no Brasil no que tangem à questão racial são, sem dúvida, 13 de maio, aniversário da sanção da Lei Áurea e a consequente abolição da escravatura, e 20 de novembro, conhecido como o Dia da Consciência Negra. O Museu Índia Vanuíre acredita que a existência de uma data específica para "o negro” ou para qualquer outro grupo deveria ser recebida com estranheza por toda a sociedade, já que todo dia é dia de se reivindicar causas e ideais defendidos. No entanto, a designação dessas datas comemorativas pode ser importante para servir de memória e estímulo à reflexão e à luta dos movimentos. O dia 20 de novembro refere-se à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. "É uma homenagem a ele que foi o último líder da resistência à escravidão à frente do Quilombo dos Palmares. Tornou-se um nome forte da cultura popular e seu dia passou a compor a Semana da Consciência Negra. Sendo assim, o museu realiza uma programação diversificada que propõe a reflexão, a conscientização e a valorização sobre os saberes e experiências da cultura afro”. O projeto "Mês da Consciência Negra no Museu Índia Vanuíre” já se tornou referência em Tupã e região e tem sido um processo de reconstrução da história e identidade da cultura negra local. As atividades serão realizadas em parceria com a União do Movimento Negro com Todos (UMONT), tendo por objetivo valorizar a cultura negra, mostrar o papel participativo do negro na sociedade brasileira e a participar ativamente para a construção de uma cidadania baseada em princípios democráticos que valorizam a diversidade e as diferenças culturais. Bate-papo No dia 19, uma terça-feira, das 9 às 10 horas, acontece o bate- papo "O que Sabemos Sobre o Povo Negro? E a Importância e Resistência da Consciência Negra”. André Prado, presidente da Ong UMONT, produtor cultural e pesquisador da cultura afro, ministrará uma palestra sobre as histórias que foram contadas sobre o povo negro, o racismo velado, as políticas públicas para a população negra, a reflexão sobre a consciência negra no Brasil e a importância e contribuição dessa cultura e conhecimento desse povo para o mundo”. Dança No dia 20, uma quarta-feira, às 9 e às 14 horas, acontece o evento Dança Afro Urbana. "A dança afro-brasileira compõe-se de diferentes danças e dramatizações, que apresentam em comum a raiz negra africana. Recriada no Brasil, em diferentes épocas e regiões, essa herança foi ganhando novos significados e expressões”. O grupo de dança Stylo Black estará no museu para apresentar e ensinar ao público coreografias. O evento estará aberto a todos e será gratuito. Amarração Já no dia 21, quinta-feira, das 9 às 10 horas, todos estão convidados para a oficina Amarração de Turbantes e Confecção de Brincos de Pompom. O turbante é um símbolo político de resistência negra, que tem como objetivo mostrar a beleza não só da cultura negra como também de um povo. Nessa oficina, "compartilharemos conhecimento sobre essa ferramenta estética, que gera autovalorização e auxilia a construção da autoestima de cada um. Serão apresentadas aos participantes, técnicas básicas para que possam desenvolver diversos tipos de amarração com apenas um único tecido”. Logo após a atividade acima, os participantes farão outra oficina de brincos de pompom, acessório contemporâneo confeccionado com linhas de lã. Histórias africanas Também no dia 21, das 9 às 10h30 min, ocorre o evento Contação de Histórias Africanas. "Toda história, por mais simples que pareça, transmite algo a mais no desenvolvimento da criança, de uma forma criativa e reflexiva”, destaca o museu. Com o objetivo de promover o conhecimento de uma forma dinâmica, será realizada a oficina Contação de Histórias. "Com a ajuda de bonecos de fantoche serão apresentadas para as crianças várias histórias, fábulas e lendas sobre a cultura negra”. Tranças Também no dia 21, das 14 às 16 horas, será realizada Oficina de Tranças Nagõ e Box Brainds. A realização dessa oficina tem o objetivo de apresentar ao público técnicas de como fazer as tranças Nagõ, Box e Dreads com lã, valorizando a tradição e a estética afro, com técnicas contemporâneas. Bonecas Finalizando a programação, no dia 22, sexta-feira, das 9 às 10 horas, será realizada a Oficina de Bonecas Abayomi, que visa proporcionar aos participantes o contato direto com uma das heranças da história e cultura africana no Brasil. A atividade permitirá a discussão da história, da origem e do significado dessa cultura. Bonecas Abayomi são pequenos brinquedos negros, feitos de pano e sem costura, apenas com nós ou tranças. A boneca foi criada para as crianças, jovens, adultos na época da escravidão, e era confeccionada com pedaços de saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos, é também considerada como amuleto até hoje.

Divulgação/Foto: Arquivo

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