Família se mobiliza para encontrar doador de medula para criança
23/08/2015 Casal de Barra Bonita corre contra o tempo para salvar o filho, de 4 anos. Esperança de doador fora da família começa a partir de 100 mil pessoas.
Um casal de Barra Bonita corre contra o tempo para salvar o filho de 4 anos. O menino tem leucemia e precisa de um transplante de medula. A cirurgia é relativamente simples, mas o problema que a maioria dos pacientes enfrenta é encontrar um doador compatível. Por isso, a família faz uma campanha para incentivar a doação e precisam de uma ajuda muito grande.
Segundo especialistas, só a partir de 100 mil doadores é que começam as esperanças de compatibilidade. Diante dessa probabilidade, conseguir o transplante é como renascer. Felipe Mucare está internado em um hospital de São Paulo, mas na região amigos e familiares se mobilizam na luta para salvá-lo. "Esse período é uma agonia incrível. Não depende de você, não depende do médico, de nada. Só depende das pessoas se apresentarem e se disponibilizarem no mundo inteiro", descreve o pai, Victor Mucare.
Sensibilizada com o caso do Felipe, a advogada Gabriela Endelberg Gonçalves decidiu virar uma doadora de medula. "Eu estou com muita esperança de ser chamada, se não for para ajudar o Felipe que seja para outra pessoa. Ajudar uma pessoa nessa situação, tão delicada, não tem preço, é muito gratificante. É maravilhoso", afirma.
A leucemia é um tipo de câncer que afeta o funcionamento e a produção de células do sangue. Um processo que vai destruindo o organismo.
Pacientes diagnosticados com a doença necessitam de transplante só que muitas vezes nem os parentes são compatíveis. É preciso contar com a solidariedade de doadores anônimos, que se dispõem a salvar vidas.
Em 2000, o registro nacional de doadores de medula óssea possuía apenas 12 mil doadores voluntários cadastrados. Hoje o número saltou para 3,5 milhões de pessoas. O banco de dados de doadores do Brasil só fica atrás de países como Estados Unidos, com 7 milhões e Alemanha, com 5 milhões.
As informações do banco de doadores são compartilhadas no mundo inteiro. A estoquista Ana Mafalda recebeu a medula de uma doadora dos Estados Unidos. "Eu sempre só pensei em viver e agora com esse doador é o que vou fazer. Nunca podemos perder a esperança", conta.
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode ser um doador de medula óssea. Basta ter a vontade de salvar vidas. "Por volta de 100 mil doadores é que você começa a achar alguém compatível fora da família e muitas vezes, dependendo do tipo de leucemia, é muito difícil achar um doador não aparentado, tanto dentro como fora do país, explica o médico hematologista Virgílio Rensi Couturato.
Esse gesto de amor pode mudar o destino de pessoas como a Ana, o Felipe e milhões de pessoas que estão na fila do transplante, no mundo todo. "Precisa que as pessoas se movimentem, que ajudem, se não for ajudar o Felipe, ajudar outra criança, outros pacientes", completa Victor.
Quem quiser ser um doador de medula óssea pode buscar informações em qualquer hemocentro e hemonúcleo da região. Confira abaixo os endereços e telefones para informações:
Santa Casa de Tupã
Rua Manoel Ferreira Damião,426
(14) 3404-5555
Hemonúcleo do Hospital Amaral Carvalho em Jaú
Rua Dona Silvéria, 150
(14) 3602-1355
Hemocentro de Botucatu
Unesp - Faculdade de Medicina Campus de Botucatu
Distrito de Rubião Junior - Botucatu
(14) 3811-6041 / 3814-8004
Hemocentro Regional de Marilia
R. Lourival, 240 - Fragata - Marília
(14) 3402-1850
Hemonúcleo de Assis
Pça Dr. Symphronio Alves dos Santos, s/nº
Centro - Assis
(18) 3302-6023
Hemonúcleo de Bauru
R. Monsenhor Claro, 888
Centro - Bauru
(14) 3234-4412 / 3227-2942
Santa Casa de Lins
R. Nove de Julho, s/nº
Centro - Lins
(14) 3533-2500
Banco de Sangue de Ourinhos
Rua Joaquim de Azevedo 770, Vila Moraes
(14) 3302-2245