Volta do trem fica mais próxima, mas ainda não tem data definida
30/11/2019 A partir da assinatura do contrato de trabalho, empresa Rumo terá 6 anos para começar os investimentos na efetivação da malha ferroviária
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na quarta-feira (27) a renovação antecipada da concessão ferroviária da Malha Paulista.
A posição do TCU traz a segurança que a Rumo aguardava e pode destravar investimentos próximos de R$ 7 bilhões em troca de 30 anos adicionais da concessão da Malha Paulista, que corta o interior paulista e permite a ligação entre Panorama e o Porto de Santos, hoje subutilizada.
Com a antecipação aprovada, o contrato que venceria em 2028 será renovado por mais 30 anos e valerá até 2058.
Isso também vai permitir um aporte de cerca de R$ 7 bilhões entre investimentos na própria ferrovia nos próximos 5 anos e outorga paga ao Estado.
O objetivo é expandir a oferta anual de transporte das atuais 30 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas até o sexto ano.
Uma das promessas da empresa, para obter a renovação antecipada da concessão, é a reativação do ramal ferroviário Bauru-Marília-Tupã-Panorama, pela Rumo, com 350 km e traçado entre os municípios da Nova Alta Paulista, o que pode estar perto de acontecer. Essa é uma das promessas da empresa.
O levantamento de demandas para o transporte ferroviário de cargas na Nova Alta Paulista mobilizou lideranças regionais, entre as quais o deputado estadual Reinaldo Alguz.
Em uma publicação no site do Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que cumpre uma série de agendas em Londres e Berlim para apresentar o programa de concessões do ministério, destacou a importância do diálogo com o Tribunal para chegar nesse entendimento.
Sem data estabelecida
O deputado estadual Reinaldo Alguz e o deputado federal Enrico Misasi (PV), estiveram em Tupã nesta sexta-feira (29) para falar a aprovação do TCU e comemorar o futuro retorno do transporte de cargas ferroviário.
No entanto, não foi mencionada uma data para que os trabalhos de recuperação das malhas sejam retomados.
De acordo com Alguz, a partir do momento de assinatura do contrato de trabalho, a empresa Rumo terá 6 anos para começar os investimentos, que serão no montante de R$ 5,8 milhões.
"A partir do momento que (a empresa) assinar com o governo, que a gente ainda não tem esta data; que pode ser até o final do ano, que a gente acha (prazo) muito curto, mas de repente o governo federal pode decidir: vamos dar um presente de Natal... ou, melhor, no começo do ano vem”, afirmou Alguz, em entrevista à Rádio Cidade, em Tupã.
Trabalhando no projeto de volta do trem de carga à região, desde 2006, Reinaldo reiterou toda sua confiança nos propósitos da Rumo: "Eu tenho visto o empenho deles e os investimentos que tem feito para que isso aconteça. E a gente está agora aguardando; espero que o mais rápido possível”.
Redação Tupacity / Com informações Jornal Diário e