A ameaça de paralisação de estradas do Brasil em uma nova greve dos caminhoneiros, convocada para esta segunda-feira, 16, em grupos de WhatsApp não se concretizou.
Durante a manhã, não havia registros de estradas bloqueadas no país e líderes da paralisação de 2018 afirmaram que a categoria está trabalhando normalmente. O burburinho de greve foi apoiado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O movimento dos caminhoneiros, porém, está dividido entre apoiar ou não o movimento. O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, um dos líderes da greve de 2018, afirmou que a movimentação é "partidária” e que não houve adesão dos autônomos. "Tá todo mundo trabalhando normal”, disse a VEJA.
Wallace Landim, o "Chorão”, outro representante dos autônomos, também afirmou que a ameaça de greve tem fundo político "que quer usar a categoria como massa de manobra”. Segundo o caminhoneiro, na terça-feira, a Agência Nacional dos Transportes Autônomos (ANTT) está com uma pauta que atende parte dos interesses da categoria. Na terça-feira, 17, a agência deve publicar o novo Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot), ferramenta que vai ajudar a fiscalizar a punir empresas que contratarem caminhoneiros com preço abaixo do mínimo estabelecido na tabela do frete.
Outra reivindicação é o reajuste do piso do frete, o que o governo se comprometeu a fazer em meados de janeiro do próximo ano. "Peço muita seriedade, responsabilidade e calma. Por mais que estamos no limite, esperamos que no próximo ano as coisas vão melhorar”, afirmou em uma rede social.
Em 2018, a paralisação de dez dias no fim do mês de maio, reivindicava pela redução no preço do diesel e a fixação da tabela mínima do frete. A greve teve graves consequências, como o desabastecimento de combustível e alimentos em diversas partes do país, e abortou o início de uma recuperação econômica.
VEJA
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