Michael Levitt é biofísico da Universidade de Stanford, nos EUA, e recebeu o prémio Nobel da Química em 2013.
De acordo com o cientista, o surto de Covid-19 não terá efeitos tão devastadores na sociedade como aqueles que têm sido mencionados, e é, por isso, necessário "controlar o pânico”. "Nós vamos ficar bem”, afirma ao "The Times”.
Em janeiro, o biofísico calculou que a China controlaria o surto em fevereiro e que em março estaria já a recuperar a sua economia.
Esta semana, a economia chinesa já está a operar a 75 por cento da sua capacidade, de acordo com dados da empresa de créditos e seguros Euler Hermes, que aponta ainda para um retorno total até final de abril.
Levitt prevê que, assim como a China, os EUA e o resto do mundo ocidental vão sair rapidamente desta crise, ao contrário do que vários investigadores têm afirmado.
O cientista afirma com certeza que o cenário que muitos dos seus colegas falam, de vários anos de disrupção social e milhões de mortes, não irá acontecer, sobretudo nas zonas onde têm sido cumpridas as regras de isolamento social.
Michael Levitt analisa a quantidade de números de infetados que são identificados todos os dias e o valor percentual do crescimento comparativamente ao dia anterior. Foi assim que analisou a evolução dos casos na China e previu o pico máximo do surto nesse país, e que estimou ainda que este iria terminar com cerca de 80 mil infetados e 3250 mortes — esta segunda-feira, 23 de março, havia 81 mil casos e 3270 mortos.
De acordo com o cientista, vários países mostram "sinais claros de melhoria”, tal como aconteceu com a China.
Para Levitt é importante fazer o maior número de testes para se poderem realizar estes cálculos, bem como ser essencial o isolamento social enquanto se espera uma vacina ou cura para o novo coronavírus. "Não é altura para irmos para os copos com os amigos.”
Fonte: NIT
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