Santa catarina

O tédio causado pela quarentena resultou no retorno de um aplicativo que fez bastante sucesso em 2019, o FaceApp. O aplicativo Russo, além de ser um editor de imagens, tem algumas ferramentas que permite que o usuário troque de gênero e envelheça, por exemplo. É só entrar em qualquer rede social, em especial no Instagram, para ver que uma quantidade assustadora de pessoas se rendeu aos encantos do App, que traz riscos não tão encantadores assim. Recentemente, a digital influencer tupãense Nani Soares, relatou que teve um cartão de crédito clonado horas após ter instalado o aplicativo em seu iPhone.

"Coincidência ou não, faz muito tempo que não uso cartão de uma conta minha, mas é o cartão que está cadastrado no meu iPhone para compra das coisas da Apple Store. Ontem eu baixei o aplicativo para brincar e fizeram uma compra pela internet pelo meu cartão", relatou nas redes sociais. "Eu achei que era brincadeira mas aconteceu comigo e agora estou ligando para conversar no banco porque eu não fiz essa compra". Luiz Augusto D’Urso, advogado e professor especialista em Direito Digital e Cibercrimes, alerta que o aplicativo está envolvido em vários escândalos pelo mundo sobre obtenção indevida de dados pessoais dentro dele. "Quando você instala, utiliza e aceita seus termos de uso, autoriza esse App a coletar e utilizar muita informação sigilosa e pessoal, como sua foto, analisar seus dados de navegação, colher diversas informações do seu celular, dentre outras cláusulas extremamente abusivas. O FBI investiga tal aplicativo e o próprio PROCON já notificou o App no final do ano passado. Não voltem a utilizá-lo", alerta o especialista. Caso de FBI Após investigação sobre o App, o FBI acredita que não é possível recomendar seu uso por se tratar de uma "ameaça de contrainteligência". O FaceApp tornou-se popular por usar inteligência artificial para alterar fotos de maneiras criativas: deixando seus usuários com rostos mais novos ou mais velhos, alterando o gênero ou simplesmente "embelezando” a face. No entanto, a popularidade do aplicativo russo também chamou a atenção aos riscos de privacidade envolvendo a sua utilização, em especial pela sua nacionalidade, em um momento em que as relações entre EUA e Rússia se mantém turbulentas. O FaceApp nega veementemente que os dados que coleta sobre os usuários sejam usados para tais fins. Primeiramente, os termos de uso do serviço afirmam com todas as letras que a empresa não vende ou compartilha dados do público com nenhuma outra empresa ou governo. Há, no entanto, o risco de que o governo russo seja capaz de interceptar dados e roubá-los sem intervenção direta do FaceApp. Sobre isso, a companhia informou à Forbes que os dados são tratados em provedores de nuvem de terceiros (Amazon Web Services e Google Cloud Platform), e que foi determinado que essas empresas devem armazenar os dados de usuários em regiões que não possuem risco de interceptação russa. Na AWS, é determinado que dados de usuários dos EUA devem ficar em servidores no país, e, na plataforma do Google, a determinação é de que o armazenamento sempre seja feito o mais perto possível do usuário, independentemente do onde ele morar.

Redação Tupacity

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