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Em comemoração ao mês do idoso, a Secretaria Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Assistência Social, realizará entre os dias 26 de setembro a 1º de outubro uma programação para divertir não só os idosos, mas também os adultos e as crianças tupãenses. O evento que promete agitar Tupã trata-se do projeto "Tem um Jeca na Cidade", que trará ao público, de forma gratuita, exposição fotográfica, exibição de filmes e um espetáculo com André Luiz Mazzaropi, "filho de criação" de Amácio Mazzaropi (criador e intérprete do personagem Jeca Tatu e um dos maiores comediantes do país). A programação, organizada por André Luiz, é itinerante e começa na próxima segunda-feira (26) e se estenderá até o dia 1º de outubro, em várias regiões da cidade e nos distritos. Segundo André, Mazzaropi nunca teve filhos biológicos nem adotivos, mas ao longo de sua vida, criou cinco filhos, dos quais ele é o caçula, que continua com esta trajetória, uma vez que os outros quatro já faleceram.

Nascido na cidade de Taubaté, em 21 de junho de 1957 no Vale do Paraíba, André Luiz de Toledo, filho de família tradicional da cidade, conheceu Amácio Mazzaropi em 1968, aos 11 anos, quando o artista filmava no Convento Santa Clara, em Taubaté, o filme "No Paraíso das Solteironas". A amizade entre os dois se fortalece rapidamente e em 1975, Mazzaropi adoece e encontra amparo em André Luiz. Dois anos depois, já recuperado, Mazzaropi o amigo leva para o cinema onde passou a interpretar justamente seu filho. Nascia assim do "Filho do Jeca", que participou dos filmes "Jecão... Um Fofoqueiro no Céu", "Jeca e Seu Filho Preto", " A Banda das Velhas Virgens" e "O Jeca e a Égua Milagrosa". O "filho de Mazzaropi" também participou de vários espetáculos ao lado do Mazzaropi. A parceria se estendeu até a morte de Mazzaropi, no dia 13 de junho de 1981. Dois anos depois da morte de Mazzaropi, André Luiz se arriscou a reviver Mazzaropi no palco e no dia 10 de setembro de 1983 se vestiu de filho de Jeca, com direito a chapéu de palha, camisa xadrez, calça caqui e botina e se apresentou em um bar da cidade de Leme. "Desde 10 de setembro de 1983, sabendo deste amor incondicional que o povo brasileiro tinha pelo meu pai, eu decidi iniciar este projeto, que é uma maneira de levar os filmes e o espetáculo que eu fazia com ele, pois jamais quis imitá-lo, até porque ele era um artista inimitável", frisou. A iniciativa deu certo e o projeto foi crescendo ao longo dos anos. Desde que iniciou o projeto André já realizou quase 2 mil apresentações por todo o Brasil, numa trajetória de 33 anos de sucesso absoluto. "Contar e recontar esta história, este é o meu legado. Eu sempre digo que a maior herança que o meu pai me deixou foi o nome e a sua arte. Tudo é consequência na vida, ele deixou um legado extraordinário, e graças a Deus que tem me permitido continuar esta história, este legado, viajando pelo Brasil, de norte a sul, de leste a oeste", comentou.
Mazzaropi Amácio Mazzaropi nasceu no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Aos 14 anos, deixou a casa paterna, à revelia dos pais, para acompanhar o Circo La Paz. Para isso contou com a ajuda do faquir Ferris, que alterou a idade do garoto no documento de identidade. Viajando pelo interior do país, teve a ideia de fazer o papel de caipira. Em 1935, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava. Depois, criou a Trupe Mazzaropi, com repertório fixo. Em 1946, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa "Rancho Alegre", dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro filme: "Sai da Frente". Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes. O primeiro filme que fez foi "Chofer de Praça". No ano seguinte, com "Jeca Tatu", encarnando o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-brejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas, conquistou a maior bilheteria do cinema nacional. O sucesso persistiu nas décadas de 1960 e 1970. Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a política e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando "a língua do povo", para o povo que o adorava. Mesmo sendo considerado superficial pela crítica e pela elite intelectual, deixou uma marca indelével na cultura nacional. Seus filmes ainda atraem o público no interior do país e são encontradas em vídeo e DVD.

Assessoria de Imprensa

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