Tupã registrou mais de 20 novos casos de HIV neste ano
21/10/2016
15 pessoas morreram por causa da doença na cidade em 2016. Dos novos casos, 18 são homens e 3 mulheres.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nessa semana os casos de HIV em Tupã. Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosangela Urel, somente neste ano de 2016 já foram diagnosticados 21 novos casos de HIV pelo Ambulatório de Moléstias Infecciosas. De acordo com os dados, entre os novos pacientes, 14 são moradores de Tupã e 7 dos municípios da região. "Dos novos casos diagnosticados temos 18 homens e 3 mulheres e as idades variam de 17 a 69 anos. Além disso, também foram registrados 15 óbitos neste ano, sendo 9 homens e 6 mulheres", explicou. Além de atender os moradores de Tupã, o Ambulatório é referência para outros 16 municípios da região, incluindo Iacri, Bastos, Herculândia, Arco-Íris, Parapuã, Osvaldo Cruz, Lucélia, Pracinha, Pacaembu, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Sagres, Salmourão, Mariápolis, Queiroz e Rinópolis. Rosangela explicou que o Ambulatório de Moléstias Infecciosas é responsável não só pelo diagnóstico, mas também por ações de assistência aos pacientes, como a distribuição gratuita da medicação, que é enviada pelo governo federal. O Ambulatório mantém ainda atendimentos e acompanhamentos médicos e realiza ações com enfoque na promoção à saúde com relação à prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, através de palestras e trabalhos educativos em diferentes instituições. A secretária de Saúde ressaltou também que além de HIV, o Ambulatório de Moléstias Infecciosas realiza ainda atendimentos às demais moléstias infecciosas, como hepatites virais sífilis, toxoplasmose, herpes, citomegalovirus e demais infecções sexualmente transmissíveis.
HIV/Aids Rosangela informou que a Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. "Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado", disse. Segundo ela, há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Rosangela ressalta que saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo. "Antes de realizar algum teste para HIV é importante observar a janela imunológica que nada mais é que o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da Aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção pelo vírus", disse. Segundo Rosângela, o período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo de exame (quanto à sensibilidade e especificidade) e da reação do organismo do indivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada em 30 dias após a exposição ao HIV. Porém, existem casos em que esse tempo pode ser maior. "Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o teste novamente", afirmou. A secretária ressaltou no período de janela imunológica, é importante que a pessoa tenha relação sexual com preservativos, não compartilhe seringas, pois, se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas. O exame de HIV não precisa de jejum para ser realizado. Segundo ela, os sintomas mais comuns são da Aids são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento, porém em grande parte dos casos a fase aguda passa despercebida só aparecendo sintomatologia em casos evolutivos da doença. "A baixa imunidade que acontece no organismo contaminado permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, aguarde 30 dias e faça o teste", disse. De acordo com a secretária, saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. "Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas", alertou. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. Em Tupã, temos os exames laboratoriais convencionais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Rosangela finalizou ressaltando que os testes são realizados gratuitamente no Ambulatório de Moléstias Infecciosas. Além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente por isso é necessário o agendamento através do telefone 3491-5640.Assessoria de Imprensa
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