Butantan lança boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes
23/06/2021
A variante amazônica P.1 predomina em 89,9% dos casos da doença no Estado de São Paulo; saiba mais.
Há 19 variantes do vírus SARS-CoV-2 circulantes no Estado de São Paulo, sendo que a P.1 (amazônica) predomina em 89,9% dos casos, seguida pela B.1.1.7 (Reino Unido), com 4,2%, e pela B.1.1.28 (que deu origem à amazônica), com 3,5%. Essa é uma das conclusões da primeira edição do boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Butantan e que reúne laboratórios públicos e privados com o objetivo de identificar as linhagens do novo coronavírus em circulação no Estado de São Paulo.
A partir das informações coletadas pela rede desde janeiro até a 21ª semana epidemiológica (que se encerrou em 29/05), foi possível concluir que no Departamento Regional de Saúde (DRS) da Grande São Paulo já foram identificadas 13 variantes diferentes; na DRS Sorocaba foram 8; e na DRS Campinas, 7 variantes diferentes. Os dados são obtidos a partir de sequenciamento genômico de uma parcela dos testes diagnósticos positivos realizados no Butantan e nos demais parceiros da rede: Hemocentro de Ribeirão Preto/FMRP-USP, FZEA-USP/Pirassununga, Centro de Genômica Funcional Esalq-USP/Piracicaba, Faculdade de Ciências Agrônomas Unesp/Botucatu, Famerp São José do Rio Preto, Mendelics e Centro Analítico de Genômica e Proteômica. De janeiro até o fim de maio foram sequenciados 4.812 (0,58%) genomas completos de 834.114 (39,2%) casos positivos. No boletim, que vai ser semanal, é possível acompanhar as frequências absolutas e relativas das linhagens do SARS-CoV-2 por DRS, sua distribuição e a evolução temporal da incidência das diferentes cepas, bem como informações sobre o número de testes diagnósticos realizados por região, o número de amostras positivas e a porcentagem dos positivos que foram encaminhadas para o sequenciamento genômico. A Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2 é um desdobramento da Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2, gerida pelo Instituto Butantan e formada por 28 laboratórios públicos e um laboratório privado que atuam de forma colaborativa e organizada para entregar, em até 72 horas, os laudos aos pacientes com suspeita de Covid-19. Além de gerenciar a rede, o Butantan a integra com dois laboratórios. A rede de diagnósticos está próxima de bater a marca de 4 milhões de exames desde o início da pandemia, sendo que somente nos laboratórios do Butantan já foram feitos mais de 1 milhão de exames RT-PCR.Diário Tupã
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