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O futuro secretário Municipal de Saúde, Laércio Aparecido Garcia, disse nesta semana que a Prefeitura de Tupã não irá encerrar os atendimentos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no ano que vem, mas afirmou que o Poder Executivo pretende diminuir os gastos da unidade, que são de cerca de R$ 650 mil por mês. Garcia explicou que a nova proposta do Executivo é voltar os atendimentos de livre demanda nos prontos-socorros do Hospital São Francisco e Santa Casa. "Queremos utilizar a estrutura desses hospitais para prestar esses atendimentos ao público e ‘desafogar’ a UPA", explicou. O futuro secretário ressaltou que a UPA foi instalada em parceria com outros cinco municípios, que ficaram de repassar verbas para ajudar a custear os atendimentos prestados aos pacientes da região. "Mas isso deixou de acontecer e agora a UPA tem que se adequar à realidade dos atendimentos", afirmou. De acordo com Garcia, a proposta do futuro governo é implementar um estudo de viabilidade econômica para reduzir o custo mensal com esses atendimentos, que são de cerca de R$ 500 mil. "É fora do normal em uma cidade de 65 mil habitantes, uma unidade ter 200 atendimentos de urgência por dia", afirmou. "O normal seria de 50 a 60", salientou.

Próximo secretário de saúde, Laércio Garcia, falou sobre situação da UPA.
Carta de repúdio Os médicos plantonistas da UPA encaminharam uma carta de repúdio à redação, referente aos boatos veiculados sobre o eventual fechamento da unidade. "É notória nossa indignação diante de uma notícia, ainda não oficializada, mas que já nos aflige, de maneira direta, primeiro pela forma que a notícia surge, sem um posicionamento que seria no mínimo respeitoso para com os médicos e funcionários da unidade, visto que até o momento sequer fomos informados desta eventual medida, que muito nos preocupa pelo impacto que causaria na saúde pública de Tupã e região, principalmente no que diz respeito ao atendimento de urgência e emergência da cidade, e aos problemas que surgiriam a partir desta medida drástica", informou. A carta explica que a UPA é responsável pela maioria dos atendimentos de urgência e emergência, atingindo uma média de cerca de 300 atendimentos diários, sendo que a maior parte dos pacientes atendidos são moradores do município de Tupã. "Hoje, os pronto atendimentos do Hospital São Francisco e da Santa Casa são referenciados à UPA. A população não consegue ser atendida nesses hospitais sem antes passar por um primeiro atendimento nesta unidade. Além do que a estrutura física destes hospitais não permite que sejam ampliados de forma a acomodar confortavelmente a população que busca atendimento", destacou. A carta enfatiza que o fechamento da unidade aumentaria demasiadamente a demanda de atendimentos nesses hospitais, o que seria insuficiente para acomodar e atender toda a população que necessita de atendimento na cidade. "Logo, vivemos um retrocesso, já que a UPA foi aberta para desafogar esses hospitais, que não conseguiam suprir a demanda de atendimento, e hoje estamos diante de um cenário de atraso no tempo, buscando soluções que são de conhecimento de todos e que já não deram certo no passado, pela insuficiência das duas instituições em suprir tamanha demanda", ressalta o documento. "Estamos falando de um cenário onde Tupã clama por mais profissionais no Pronto Atendimento digno e satisfatório", acrescenta. A carta admite que o atendimento realizado por dois médicos na UPA é insuficiente, e gera filas de espera, sendo "inimaginável pensar no fechamento da unidade" ou mesmo a redução do número de médicos para apenas um plantonista - "o que representaria um retrocesso enorme ao sistema de saúde em Tupã, bem como uma afronta à população que precisa de mais estrutura na saúde". Os médicos plantonistas da UPA dizem se posicionar veementemente contra o fechamento "pelo impacto que causaria na saúde pública deste município, pelo atraso apresentado por essa medida, pela incapacidade dos hospitais São Francisco e Santa Casa em drenar esses atendimentos, pela dependência da população de outros municípios menores em procurarem nosso serviço, pelo impacto direto nos funcionários da unidade que perderiam suas atribuições, e principalmente pelo caos que se instalaria no serviço de urgência e emergência da cidade, com filas e superlotação dos hospitais", finalizou. CRIS Garcia adiantou que a Santa Casa não irá renovar o contrato com o CRIS (Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde), que termina no mês de março do ano que vem. Por meio do contrato, as prefeituras solicitam atendimentos médicos especializados e os hospitais tupãenses intermediam o repasse desses recursos aos médicos que atuam em outras cidades. Caso a Santa Casa não renove o contrato com o CRIS, os repasses deverão ser intermediados apenas pelo Hospital São Francisco.

Diário de Tupã

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