Paineira Tupã

JORNAL DIÁRIO — Na próxima segunda-feira, dia 21, a Santa Casa de Marília, referência regional no procedimento, deve retomar os transplantes renais. A interrupção completou dois anos e só favoreceu o aumento da fila. A volta das cirurgias foi confirmada pelo médico José Cícero Guilhen, um dos pioneiros do procedimento médico no Estado. Ele explicou que o rim deverá ser captado de doador falecido. "Não é um transplante eletivo (agendado), mas é a data a partir de quando poderemos retomar, ficando sob a dependência da doação. O órgão será ofertado de acordo com protocolo de distribuição da Secretaria de Estado da Saúde", disse. Independente das cirurgias, a Santa Casa de Marília manteve o atendimento em Terapia Renal Substitutiva, ou hemodiálise. É quando as funções do rim são assumidas por uma máquina, que realiza a "filtragem do sangue" do paciente. Atualmente, mais de 40% dos atendimentos de hemodiálise e diálise peritoneal para quem mora na região da DRS IX - Marília são feitos na Santa Casa local. O hospital faz uma média de 2.700 sessões por mês. Pelo menos 90% são feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na região de Marília, que compreende 62 municípios da Direção Regional de Saúde (DRS-IX) e população estimada em 1,1 milhão de pessoas, pelo menos 330 moradores aguardam pela cirurgia. É a maior fila, entre todos os órgãos possíveis de serem transplantados. Os números são projeções estatísticas com base nos dados da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), que acaba de divulgar a edição 2021 do Registro Brasileiro de Transplante, um anuário que traz uma série de informações e dados sobre o tema, por estados. Marília, como um dos centros especializados do interior paulista, fez o primeiro transplante de rim em 1982. Em 40 anos, nunca havia paralisado o serviço. A cada 100 mil pessoas que vivem no Estado de São Paulo, pelo menos 30 precisam de um transplante renal para continuar a viver. Em Marília, a média é de 70 pessoas na angustiante espera de um telefonema, com o tão desejado convite para os exames de compatibilidade e cirurgia. Em Tupã Segundo informações da Santa Casa de Tupã, o setor de hemodiálise possui 35 pacientes ativos inscritos para o transplante renal. Vale lembrar que, deste total, há pacientes que realizam sessões de hemodiálise e diálise peritoneal e estão inscritos para o transplante em hospitais de Marília ou Botucatu. Nos casos mais graves, onde os pacientes estão mais comprometidos, precisam do transplante duplo, ou já realizaram o transplante e tiveram rejeição, eles estão inscritos para o procedimento no Hospital das Clínicas em São Paulo e outros no Hospital do Rim.

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Amor Saúde

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