Funcionários do São Francisco podem iniciar greve nesta semana

Enfrentando a pior crise de sua história e que já vem se arrastando há vários anos, o Hospital São Francisco de Assis enfrenta nova ameaça de greve dos funcionários. Desde a quinta-feira passada, os funcionários do hospital estão em estado de pré-greve e poderão paralisar as atividades a partir das 6h desta quarta-feira, dia 18. A possibilidade de greve foi confirmada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas e Região, que após assembleia geral dos funcionários do hospital, realizada no dia 12, encaminhou Notificação de Estado de Greve, nos termos da Lei nº 7.783/89. De acordo com o sindicato, os trabalhadores do hospital estão propensos a iniciar movimento grevista devido a situação de incertezas e aos vários compromissos não cumpridos pela direção do hospital. Segundo nota divulgada pelo sindicato, os funcionários do Hospital São Francisco receberam apenas metade da 1ª parcela e não receberam nada da 2ª parcela do 13º salário do ano passado.

Os funcionários também reivindicam reajuste salarial de 9,82%, definida através da Convenção Coletiva 2016/2017 e ainda reclamam do não pagamento dos salários no 5º dia útil do mês, como prevê a convenção. Além disso, o hospital ainda não teria fornecido cesta básica nos meses de dezembro de 2016 e janeiro deste ano. A direção do hospital também está sendo acusada de não efetuar o depósito do FGTS dos trabalhadores e não pagar as férias vencidas no prazo estipulado por lei. Os funcionários criticam ainda os constantes atrasos nos repasses dos empréstimos consignados ao banco, que têm provocado ameaças de negativação e inclusão no cadastro de restrição de crédito (Serasa e SCPC) e a não concessão da folga pelo dia 12 de maio (Feriado do Dia do Trabalhador da Saúde). Segundo o sindicato, os funcionários vão aguardar a regularização das pendências até as 6 horas do dia 18 de janeiro, caso contrário irão deflagrarão o movimento paredista, iniciando oficialmente a greve, atendendo todas as exigências da legislação.

Redação Folha do Povo