Santa catarina

O 9 de julho de 1932, um sábado, como neste ano de 2022, teve uma noite fria de inverno. A capital paulista ainda não tinha completado o seu primeiro milhão de habitantes - o que iria ocorrer alguns meses depois, na virada para 1933. A cidade vivia uma noite calma; a movimentação era, como sempre, nos cinemas, teatros e cafés. Depois das 22h, grupos de homens vestidos com roupas pesadas se dirigiam para a região do bairro da Luz, onde se localizava (e ainda se localiza) o quartel da então Força Pública do Estado (hoje Polícia Militar). Ao povo paulista A adesão das guarnições militares do Exército, inclusive do 4º Regimento de Infantaria, sediado no quartel de Quitaúna, no então distante bairro de Osasco, com seu poderoso armamento pesado de canhões, foi total na madrugada do dia 10 de julho. Ainda na noite do dia 9, foi divulgada a seguinte proclamação: "AO POVO PAULISTA, Neste momento, assumimos as supremas responsabilidades do comando das forças revolucionárias, empenhadas na luta pela imediata constitucionalização do país. Para que nos seja dado desempenhar, com eficiência, a delicada missão de que nos investiu o ilustre governo paulista, lançamos um veemente apelo ao povo de São Paulo, para que nos secunde na ação primacial de manter a mais perfeita ordem e disciplina em todo o Estado, abstendo-se e impedindo a prática de qualquer ato atentatório dos direitos dos cidadãos, seja qual for o crédito político que professem. No decurso dos acontecimentos que se seguirão, não encontrará a população melhor maneira de colaborar para a grande causa que nos congrega do que dando na delicada hora que o país atravessa mais um exemplo de ordem, serenidade e disciplina características fundamentais da nobre gente de São Paulo. General Isidoro Dias Lopes Coronel Euclydes Figueiredo." Reunido no Palácio dos Campos Elíseos desde a noite anterior com seu secretariado, o interventor federal Pedro de Toledo encaminhou telegrama ao chefe do governo provisório, presidente Getúlio Vargas, apresentando seu pedido de renúncia do cargo. Com o apoio do Exército, da Força Pública e do povo, ficou decidido aclamar Pedro de Toledo como governador do Estado, em manifestação marcada para as 15h daquele 10 de julho, em frente ao largo do Palácio (Pátio do Colégio), onde se localizava a sede do governo do Estado, desde o tempo do Império. Homeanagem Um dia carregado de história. A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido entre julho e outubro de 1932, com o objeti vo de derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e instituir um regime consttucional após a supressão da Consti tuição de 1891, pela Revolução de 1930. Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do Estado de São Paulo. Este ano, a tradicional homenagem foi retomada em Tupã, realizada ontem, dia 8, em frente ao munumento instalado na Praça 9 de julho que, coincidentemente ou não, foi construído na Vila Vargas.

Construtores do monumento da Praça 9 de julho
Construtores do monumento da Praça 9 de julho
Arquiteto Américo Carnevalli desenhou o munumento
Arquiteto Américo Carnevalli desenhou o munumento
Durante a solenidade foi prestada homenagem à memória dos ex-combatentes e em especial aos tupãenses que lutaram na revolução. Como de costume, uma coroa de flores foi depositada sob o monumento, enquanto Tamimi Borsatto, gerente do Museu Índia Vanuíre, leu os nomes dos ex-combatentes tupãenses. São eles: Manuel Marques de Oliveira, Francisco Ribeiro Barros, Victor Bereta, Antônio Pedro da Silva, José Nazareth Gomes Guimarães, Diogo Caparroz, Tobias Rodrigues, Jose Lemes Soares, Jácomo Lourenção, Luiz de Souza Leão, Mariano Salerno, José Fraga Moreira, Renato Dias de Aguiar, Ulisses Vieira, Sebastião Veríssimo de Oliveira, Francisco Moraes Pio de Almeida, Francisco Portella, Nelson Camargo Penteado, Oscar Elias Bueno, Eduardo Romero Precioso, Jsé Ramos Cadima, Benedito Silva Leite, Aurélio Correa, Jamil ª Dualibi, Carlos Tayano, Geraldo Pires, Egás Bonilha Toledo, Cid Ribeiro do Val, Jorge Elias, Isaias Lourenço, dos Santos, Breno de Barros, Brás Martines Vasquez, Américo Fefim, Ecergio Fiovarante Tovo, Antônio Pedro da Silva e Alcides Leão.
ex-combatentes de Tupã recebendo homenagem
Ex-combatentes de Tupã recebendo homenagem
Fundador de Tupã também foi combatente O fundador de Tupã, Luiz de Souza Leão, também está entre os combatentes que participaram da Revolução de 32. Até hoje o uniforma usado por ele durante o conflito está guardado no Museu Índia Vanuíre.
Fundador de Tupã participou da revolução de 32
Fundador de Tupã participou da revolução de 32
Uniforme de Souza Leão/Foto: redes sociais
Uniforme de Souza Leão/Foto: redes sociais

Redaçaõ TupãCity com informações Alesp e Polícia M

Paineira Tupã

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