Adolescente morre em decorrência da raiva humana no DF
02/08/2022 Último caso conhecido de raiva humana no Distrito Federal foi registrado em 1978.
O Distrito Federal confirmou, no sábado (30), que um adolescente morreu em decorrência da raiva humana. O paciente estava internado em um hospital privado desde o dia 20 de junho, mas não resistiu ao quadro infeccioso. Este foi o primeiro caso da doença confirmado nos últimos 44 anos no DF.
Até então, o último caso conhecido de raiva humana no Distrito Federal foi registrado em 1978, quando uma criança foi mordida por um cachorro infectado e, posteriormente, morreu. Segundo as informações divulgadas na época do diagnóstico, o caso mais recente estava relacionado a um gato que não foi vacinado.
"Todas as medidas necessárias de investigação epidemiológica, controle e profilaxia foram tomadas junto aos familiares, contatos próximos e profissionais de saúde", afirmou a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em comunicado.
Mais mortes em decorrência da raiva no Brasil
Além do adolescente no Distrito Federal, pelo menos outros quatro pacientes com menos de 18 anos morreram em decorrência da raiva humana no Brasil, durante este ano, segundo apuração da Agência Brasil. As outras vítimas eram crianças e adolescentes indígenas do município de Bertópolis, em Minas Gerais.
Apesar das alternativas de tratamento disponíveis, esta zoonose é quase sempre fatal. O quadro costuma ser marcado por casos graves de encefalite progressiva, ou seja, de inflamação do cérebro. Pode ser transmitida ao homem através da saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordida, arranhão ou lambida.
Por causa da alta letalidade, é preciso agir com urgência nos casos de contaminação, oferecendo alternativas pós-exposição (PEP). A melhor forma de prevenção é a imunização de cães e gatos domésticos. Também se deve evitar o contato com animais silvestres, como morcegos.
Em caso de dúvidas ou de suspeita do quadro de raiva humana, o recomendado é que o indivíduo procure por ajuda médica em caráter de urgência, já que o quadro pode ser fatal.