Bauru confirma primeiro caso de varíola dos macacos
09/08/2022 Segundo a Secretaria de Saúde, vítima é um homem de 36 anos que não precisou de internação; como ele não viajou para fora da cidade, caso é considerado de infecção local.
A Prefeitura de Bauru (SP), através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda-feira (8) a confirmação do primeiro caso de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, na cidade.
O paciente teve início dos sintomas em 15 de julho, com o resultado positivo para o caso sendo enviado nesta segunda-feira pelo Instituto Adolfo Lutz.
O paciente é um homem de 36 anos que procurou a rede pública de saúde, não precisou de internação e já cumpriu o período de isolamento.
O homem é imunossuprimido e não fez viagem para fora do município recentemente. Portanto, o caso foi classificado como autóctone (infecção local). Os contatos próximos a este primeiro caso já foram monitorados.
A varíola dos macacos foi declarada como emergência global de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no mês passado.
A prefeitura diz que segue todos os protocolos recomendados pela OMS, Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde para a verificação de casos suspeitos, tratamento de casos confirmados e prevenção da transmissão da monkeypox.
Sintomas e transmissão
Os sintomas da varíola dos macacos são febre, dor no corpo, cansaço, dor de cabeça, perda de força física, dor nas costas e tamanho anormal dos gânglios linfáticos. Depois de alguns dias, a pessoa desenvolve lesões pelo corpo. A pessoa infectada tem os sintomas, em média, de seis a 13 dias após contrair o vírus.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados.
A transmissão pode ocorrer por meio de secreções em objetos, tecidos, roupas, roupas de cama ou toalhas, e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
Apesar de ser uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação, trata-se de um vírus com potencial epidêmico.
Apesar de o vírus receber a nomenclatura de varíola dos macacos, o atual surto em vários países não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos.
Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.
Como a monkeypox é transmitida principalmente por meio de secreções, a recomendação é evitar contatos próximos com pessoas que estejam com sintomas, como beijos, abraços ou relações sexuais. Também deve ser evitado o contato com as lesões que se formam na pele.
Objetos de uso pessoal não devem ser compartilhados, como pratos, talheres, copos, toalhas, roupas de cama, entre outros.