Paineira Tupã

A Prefeitura de Tupã adotou estratégias para reduzir o impacto do desabastecimento de medicamentos, que atinge todo o país por causa do aumento da demanda após a covid-19 e pela dificuldade de importação gerada pela guerra na Ucrânia.  Conforme o farmacêutico e Assessor Especial de Controle e Gestão de Medicamentos, Bruno Rodrigues de Moura, o município traçou um novo planejamento de compra. "A dificuldade está em encontrar alguns medicamentos para comprar. Por isso, reduzimos o intervalo entre os lotes para fazer novos pedidos, comprando em maior quantidade a fim de evitar que esse medicamento acabe ou ficar o menor tempo possível sem estoque".  O farmacêutico da Secretaria de Saúde destaca ainda que o percentual de abastecimento municipal está em 80%, sendo difícil criar uma estimativa para o fim deste déficit. Os 20% de medicamentos em falta compõem as demandas atendidas pelo município, pela regional estadual e também pelo Governo Federal.

Tupã adota estratégias para reduzir falta de medicamentos que afeta todo país - Foto: Prefeitura de Tupã
Tupã adota estratégias para reduzir falta de medicamentos que afeta todo país - Foto: Prefeitura de Tupã
Como já noticiado pelo TupãCity, remédios estão em falta em oito a cada dez municípios do País, conforme levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) feito com 2.469 prefeituras. As cidades relatam ausência de estoque na rede pública principalmente do antibiótico amoxicilina, usado contra infecções, e do anti-inflamatório dipirona, indicado para tratar dores e febre. CAUSA DO DESABASTECIMENTO  As interrupções na exportação e importação de produtos afeta as prescrições supridas pela atenção básica e pela farmácia especializada (alto custo). A princípio houve atraso na produção de medicamentos por causa da pandemia na Ásia, continente responsável pelo fornecimento da maior parte dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA), uma das matérias-primas dos medicamentos. Mais recentemente, com o acirramento dos conflitos na Europa, a logística também acabou encarecendo o produto final. O Brasil segue uma tabela da Anvisa, que impede ultrapassar os valores regulamentados, por isso, os laboratórios precisam negociar ou aguardar uma queda nos preços. Dessa forma, tanto as farmácias públicas quanto as privadas enfrentam dificuldades para atender à demanda da população. Porém, as iniciativas comerciais conseguem se reabastecer mais facilmente, pois compram quantidades menores de medicamentos.  Segundo o secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, enquanto uma farmácia particular adquire 100 frascos de um determinado produto, a farmácia municipal compra mil frascos, por exemplo.  "Nossa demanda é muito maior, porém não é a prioridade dos laboratórios. A recomendação para o cidadão que procurar por medicamento de alto custo e não encontrar, é ir até à Farmácia Especializada para abrir um processo administrativo, que será analisado por uma comissão estadual".

Prefeitura de Tupã

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