HUM TUPÃ

É impossível ignorar o drama do Rio Grande do Sul. Submerso, o estado depende da ajuda de voluntários para resgatar e cuidar de seus desabrigados. A maioria deles, perdeu tudo o que tinha, e não apenas no sentido material: o número de mortos devido às enchentes sobe a todo momento. 

O tupãense Ricardo Cruz, de 30 anos, mora em Porto Alegre desde 2020 e está temunhando de perto a devastação e o sofrimento das famílias afetadas pelas enchentes. Ele é estudante de Farmácia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.


Ricardo Cruz, tupãense em Porto Alegre, relata a devastação e o sofrimento das famílias afetadas/Foto: Arquivo Pessoal

Morando no centro da capital gaúcha, em uma área mais elevada, o apartamento dele não foi atingido pelas águas. No entanto, a apenas duas quadras de onde mora, a realidade é completamente diferente.

As ruas estão completamente alagadas. Ele não tem energia elétrica, nem água potável em casa. Ricardo registrou a situação nas próximidades de onde mora e compartilhou com o TupãCity:


Ruas ficam a duas quadras de onde Ricardo mora/Foto: arquivo pessoal


O marcador da imagem acima aponta para a casa de Ricardo. Ao redor (área em laranja) tudo está completamente alagado.

"Estou presenciando de perto a devastação e o sofrimento de tantas famílias e, assim como nós da comunidade acadêmica, a comunidade de Tupã tem se mobilizado para auxiliar os desabrigados e necessitados. Meus amigos, movidos pelo mesmo sentimento de solidariedade, estão realizando a compra e entrega de mantimentos para as áreas mais afetadas. Com o conhecimento da região e a vontade de ajudar, eles estão mapeando as necessidades e buscando levar com brevidade aos abrigos", contou.


Doações

Ricardo também disponilizou uma conta, onde recebe doações. Com o dinheiro, ele consegue comprar os mantimentos e levar para as vítimas. Quem quiser contribuir, pode fazer sua doação pelo pix: ricardocruz9313@gmail.com. Em seu perfil no Instagram, ele também compartilha Vakinhas e pontos para doações.

Diante do trágico cenário, Ricardo também não hesitou em se voluntariar para ajudar. Na Sociedade de Ginástica Porto Alegre (SOGIPA), onde um abrigo foi montado e acolhe cerca de 500 vítimas da tragédia, ele atua na dispensação de medicamentos e na arrecadação e distribuição de alimentos.

"A faculdade de Farmácia onde estudo também mobilizou os estudantes do curso de saúde para ajudar", relata Ricardo. "Foram montadas farmácias e postos de atendimento médico", conta.

Além da dor e da destruição, outra preocupação surge com a previsão de mais chuvas para os próximos dias e a queda de temperaturas, que vão dificultar ainda mais o resgate de pessoas e o cuidado com aquelas que já foram resgatadas. Por isso a importância da doação de cobertores e roupas de frio. 


Recebimento de doação de roupas/Foto: Arquivo Pessoal

O tamanho do estrago

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 95 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. O boletim divulgado na tarde desta terça-feira (7) ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 131 desaparecidos e 372 feridos. Há 207,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 48,8 mil em abrigos e 159 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).

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